Brasileiros de centenas de cidades irão se mobilizar neste sábado (29) para defender o fim do atual governo. O Sitraemg conclama os servidores a participarem da atividade para, além de questionar o Executivo, também dar visibilidade à campanha pela derrota da PEC 32, a chamada Reforma Administrativa. Como vem sendo apresentado reiteradamente pelo sindicato, essa reforma pretende atacar o serviço público e os direitos dos servidores, inclusive com a retirada da estabilidade.
Para garantir a segurança em meio à pandemia, o sindicato organiza a participação na atividade através de uma carreata que seguirá atrás daqueles que estiverem em caminhada. Para quem preferir participar a pé, na capital, a passeata será formada em fila indiana, mantendo o distanciamento, e será acompanhada por uma equipe responsável por organizar o fluxo de pessoas e distribuir máscaras e álcool em gel.
A mobilização de Belo Horizonte terá início na Praça da Liberdade às 10h, com saída prevista para as 11h. A caminhada e carreata passarão pela Av. João Pinheiro, Av. Augusto de Lima, Mercado Central e Av. Amazonas, finalizando na Praça Sete.
Segundo o coordenador-executivo do Sitraemg David Landau, “não há forma melhor de derrotar a Reforma Administrativa que denunciando à população o retrocesso enorme que ela representa, e mostrando ao governo que a população tem disposição para tomar as ruas e enfrenta-lo”. O dirigente acredita que “o governo tem que sair enfraquecido depois desse sábado”.
De acordo com a agência pública, 1.492 pessoas e mais de 500 entidades já assinaram pedidos de impeachment do atual governo. Entre os inúmeros crimes de responsabilidade apontados nesses pedidos, constam a defesa da ditadura, a convocação de manifestações antidemocráticas, ataques à liberdade de imprensa, apologia à tortura, crimes ambientais, interferência na Polícia Federal, além das reiteradas denúncias de práticas que incentivam o agravamento da pandemia e de suas consequências, atualmente investigadas por uma CPI parlamentar. Chama a atenção a denúncia de um militar aposentado que acusa o presidente de interferência nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Entre as instituições que promovem esses pedidos, estão integrantes de movimentos sociais e da sociedade civil, como a Associação Brasileira de Imprensa, líderes católicos e evangélicos. No espectro político, apesar de os pedidos de impeachment virem majoritariamente da esquerda, há também de movimentos e parlamentares de direita, como o do MBL e os dos deputados Alexandre Frota e Joice Hasselman.