Acompanhe o Sitraemg nas redes sociais

Cúpulas do Congresso e governo cada vez mais alinhados na pauta de desmonte do Estado

Compartilhe

Em mensagem do governo lida ontem (segunda-feira, 3) durante a solenidade de início do ano legislativo, na Câmara e no Senado, elencou entre suas prioridades para 2020 a aprovação das três PECs do chamado Plano Mais Brasil (PEC Emergencial, PEC do Pacto Federativo e PEC dos Fundos Públicos), além da reforma tributária, privatização da Eletrobras e a autonomia do Banco Central. As propostas do “Mais Brasil”, que já tramitam no Senado desde novembro passado, marcam o início do desmonte final do Estado brasileiro. Se forem aprovadas, é claro.

A Reforma Administrativa não foi incluída entre as prioridades governistas. Coube ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, cobrar do Executivo o envio urgente da proposta, para que ela “avance” no Congresso. Maia foi ainda mais enfático. Comemorou a provação da Reforma da Previdência, em 2019, e defendeu a política do governo de redução de gastos públicos, mas, ao mesmo tempo, pregando a necessidade de criar meios para o aumento da produtividade do setor. “Explorando ainda mais os servidores, já que os recursos para investimento no serviço público e o quadro funcional reduzem-se de forma progressiva?”, indaga-se.

Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reafirmando a tendência cada vez mais forte do Congresso Nacional com as pautas de Paulo Guedes voltadas para o desmonte do Estado, retorno da escravidão da classe trabalhadora e ampliação da pobreza, incluiu as três PECs do Plano Mais Brasil no rol de matérias que ele classifica como “pautas improrrogáveis” do Legislativo. “Estas medidas são necessárias para renovar o ambiente de negócios e gerar mais emprego e desenvolvimento econômico”, disse. “Como gerar mais emprego e desenvolvimento econômico com uma concentração de renda cada vez maior e uma população com poder de compra e consumo cada vez menor?”, é a outra interrogação que se coloca, diante da insistência dos poderes Legislativo e Executivo em darem prosseguimento a esse arcabouço de políticas artificiais que fatalmente levarão à explosão da “bolha” da desigualdade e da injustiça – a médio prazo – no país.

E esse é o desafio que fica para toda a classe trabalhadora, ao longo do processo em curso de construção da greve geral convocada pelas centrais sindicais para o dia 18 de março. Que todos estejam a postos e preparados para as atividades de mobilização.

Compartilhe

Veja também

Pessoas que acessaram este conteúdo também estão vendo

Busca

Notícias por Data

Por Data

Notícias por Categorias

Categorias

Postagens recentes

Nuvem de Tags