O final do “Reestruturação do Estado Brasileiro e seus impactos no Judiciário Federal”, promovido pelo SITRAEMG neste sábado (19/10), no Hotel Normandy, em Belo Horizonte, os filiados do TRT escolheram, entre eles, 05 colegas que irão como delegados ao Encontro Nacional da Fenajufe de Servidores da Justiça do Trabalho, que será realizado nos dias 26 e 27/10/2019, no Hotel San Marco, em Brasília (DF). Foram escolhidos os seguintes filiados: Lucia Bernardes, Paula Meniconi, Mariza Campos, Marcos Vinícius Félix e Carlos Wagner.
O coordenador da Fenajufe Issac Raymundo Lima, que estava presente no seminário do SITRAEMG, explicou que o encontro vai discutir, entre outros temas, os ataques que os servidores da Justiça do Trabalho estão sofrendo e o relatório do comitê que trata desse enfrentamento. Ele também informou já foi criado mais um comitê nesse sentido e que a Fenajufe o indicou para representa-la no comitê de regulamentação do horário especial.
Os encaminhamentos e o plano de lutas a serem levados para o encontro da Justiça do Trabalho da Fenajufe estão sendo organizados para divulgação ainda nesta semana.
Frente Mineira em Defesa do Serviço Público
Aproveitando a presença de Ilva Maria Franca Lauria no seminário, a direção do Sindicato concedeu-lhe um tempo para falar sobre a Frente Mineira em Defesa do Serviço Público, que ela coordena e tem o SITRAEMG entre os integrantes, recriada oficialmente em reunião realizada no último dia 15.
Ilva, que é também vice-presidente de Política de Classe da Anfip-MG, relatou que tudo começou com a luta pela PEC 55/06 (previa a extinção da cobrança da contribuição dos servidores aposentados e pensionistas), depois foi criada a Frente Mineira e Popular em Defesa da Previdência Social, que reúne 98 entidades (incluindo o SITRAEMG), conhecida nacionalmente no Congresso Nacional, com muitos trabalhos realizados juntos.
Agora, a Frente em Defesa do Serviço Público, com a preocupação de ver o que pode ser feito para, pelo menos, “minimizar” a reforma administrativa que vem por aí. “Temos que conscientizar o servidor que estamos ‘ferrados’ se não fizermos nada, pois a reforma vem para destruir o serviço público”, defendeu.
A coordenadora da Frente enumerou algumas das medidas esperadas com a reforma do governo: criar um novo código de conduta para o funcionalismo; terceirizar vários setores do serviço público, inclusive na atividade-fim; reduzir o número de carreiras e alinhamento da iniciativa privada; redução da jornada com redução de salário; acabar com o abono de permanência; adoção de plano de demissão voluntária; ampliação da contratação temporária em caso de necessidade; regulamentação da lei de greve; acabar ou reduzir os sindicatos e associações. “Temos que nos preparar para enfrentar esse debate, com protestos e propostas”, concluiu, deixando um recado aos colegas: “A gente tem que passar essa necessidade de luta aos demais servidores”.