NOTA DE REPÚDIO
O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais – SITRAEMG vem a público manifestar o seu repúdio frente às informações incompletas e equivocadas contidas em matéria veiculada ontem, 23, no Portal UAI, sob o título “Judiciário quer reajuste e salário de R$ 8 mil a copeiro”, a respeito do reajuste salarial dos servidores do Poder Judiciário Federal.
A matéria, de autoria da Agência Estado e, infelizmente, reproduzida em vários veículos do país, atenta contra o direito adquirido dos trabalhadores de luta por uma remuneração digna e condizente com a complexidade das tarefas executadas na prestação jurisidicional. Em momento algum a reportagem lembrou que o último reajuste destes trabalhadores foi em 2006 e que suas remunerações possuem uma defasagem de cerca de 60% em relação às remunerações das carreiras correlatas dos Poderes Executivo e Legislativo.
A maldosa investida da imprensa contra a luta dos servidores ainda incorre em erro ao afirmar que copeiros, contínuos e operadores de copiadora teriam “salários de R$ 8 mil”. Um trabalho de reportagem correto e realmente imparcial e isento teria apurado que tal distorção inexiste atualmente, posto que estes cargos de nível fundamental já são terceirizados há bastante tempo. A reportagem também releva o fato de que o Judiciário hoje é composto, em sua maioria, por servidores jovens e altamente qualificados, que ingressaram na carreira há poucos anos.
Um assessor de juiz, por exemplo, trabalha na elaboração de minutas de votos que dizem respeito à vida de milhares de cidadãos e trabalham em causas que dizem respeito a questões de Estado tais como lides tributárias, financeiras, previdenciárias, trabalhistas, agrárias e eleitorais. Estes servidores percebem hoje uma remuneração de cerca de R$6.000,00, não tendo os benefícios aos quais os servidores antigos fizeram jus através do direito adquirido. Trabalhadores como este estão prestando novos concursos e indo para carreiras mais atrativas do Executivo e Legislativo.
Ainda nos causa espanto e decepção o fato de o SITRAEMG (e nenhuma outra entidade representativa dos trabalhadores do Poder Judiciário Federal) em nenhum momento ter sido procurado para prestar esclarecimentos frente a tantas falácias, mesmo com a notícia tendo sido reproduzida em três jornais de grande circulação em Minas Gerais. Tal atitude contraria totalmente os princípios do bom Jornalismo, que prega a atenção aos vários lados de uma história a fim de se chegar a uma versão que privilegie a verdade.
O SITRAEMG repudia, pois, as distorções cometidas em tal matéria e convida a imprensa mineira a buscar a realidade dos fatos sobre a luta pela aprovação do PL 6613/09. Coloca-se, inclusive, à disposição para esclarecer que a acusação de “supersalários” na categoria é, no mínimo, injusta.