Discursos na reunião nacional em Brasília apontam para continuidade da greve

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Reunião ampliada acontece após a aprovação do projeto do PCS-4 na Comissão de Trabalho da Câmara. Todos os discursos de avaliação da mobilização na reunião ampliada nacional da categoria apontam, até o momento, para a continuidade da greve.

Nenhum dos servidores que fizeram uso do microfone para expor suas ideias defenderam posição em contrário. Até o fechamento deste texto, cerca de 15 servidores já haviam falado. Mais de 150 delegados e observadores, de praticamente todos os sindicatos do Judiciário Federal no país, participavam da atividade.

A reunião ocorre após a vitória da categoria na Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos, que aprovou o projeto do PCS-4 por unanimidade. “É algo que nos dá gás para fortalecer a greve para fazer com que o representante do Supremo negocie com o representante do governo a aprovação do nosso projeto”, disse Lourival, servidor da Bahia. Ele propôs que a categoria promova um acampamento em frente ao Supremo Tribunal Federal.

Os representantes da categoria em Brasília, que acabara de fazer uma assembleia geral em frente ao Tribunal Superior Eleitoral, disseram que a posição é manter a greve. “A nota que tá saindo [do sindicato] é continuar a greve até a vitória do nosso movimento”, disse Cleudo, dirigente do Sindjus-DF. “A gente precisa ter a clareza da vitória que foi a votação na Ctasp e que tem que manter a greve, estamos no melhor momento da greve, que conquistou aquela aprovação na Ctasp, ele não teria sido aprovado [sem isso]”, disse Ana Paula, servidora do MPU e também diretora do Sindjus.

“A greve pode e deverá ser 100%, depende de nós. Hoje foi um pequeno passo, passo necessário mas não suficiente, porque o prometido não seria só aprovar o mérito, mas passar pela questão orçamentária e no plenário”, disse Luis Valério, também servidor de Brasília.

“Todas as avaliações nos direcionam para manutenção da paralisação”, disse Valter, do sindicato do Rio de Janeiro (Sisejufe).

“Muitos estão há mais de 40 dias na greve e não podemos sair desse movimento sem a vitória, temos que conclamar o senhor Cezar Peluso para que ele assuma o seu papel”, defendeu Saturnino, do sindicato do Piauí (Sintrajufe-PI).

A servidora Rosicler Bonato, da Justiça do Trabalho do Paraná e delegada do Sinjutra, também propôs a continuidade da greve e o acampamento no STF. Disse que os servidores de Goiás, um dos únicos estados que não estão na greve, poderiam participar e ajudar ao movimento.

A servidora Ana Luiza Figueiredo Gomes, da direção da Fenajufe e do sindicato de São Paulo (Sintrajud), disse que é preciso manter a greve sob pena de levar a categoria a uma derrota sem precedentes. “Não é só não ter aumento salarial, é o congelamento que vem aí”, disse. “Nesse momento não há plano B, é greve, greve, greve”, concluiu.

Por Hélcio Duarte Filho
Luta Fenajufe Notícias

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