Audiência pública na Câmara debate hoje PL que permite operações para desvio de recursos

Compartilhe

Nesta terça-feira (14/08) está marcado debate na Câmara dos Deputados para discutir: “Securitização de Créditos” e seus impactos na geração de dívida pública e na destinação de arrecadação tributária”.

A audiência pública foi uma conquista da Auditoria Cidadã da Dívida e entidades apoiadoras, dentre as quais o SITRAEMG, que há algum tempo lutam para que a Casa escute especialistas e estudiosos acerca das reais consequências da aprovação do Projeto de Lei 459/2017, que trata da falsa ideia de securitização de créditos de difícil arrecadação. O requerimento ( nº 421/18 e 434/18) é de autoria do deputado Félix Mendonça Jr.

Expositores

– Maria Lucia Fattorelli – Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida
– Achilles Linhares de Campos Frias – Presidente do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (SINPROFAZ);
– Luiz Cláudio de Araújo Martins – Vice-Presidente de Política de Classe- Presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP);
– Carmen Bressane – Advogada e Coordenadora do Núcleo de SP da Auditoria Cidadã da Dívida;
– Antônio Gomes de Vasconcelos – Professor da Faculdade de Direito da UFMG;
– Renato Lopes Becho – Juiz Federal (AJUFE);
– Juracy Soares – Presidente da Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais – FEBRAFITE.

Sobre o projeto

Essa falsa propaganda, feita pelo governo, tem causado um entendimento errado sobre o que o projeto realmente se propõe.

Quando analisado verifica-se que o projeto desvia arrecadação tributária e viabiliza a realização de operação de crédito ilegal e não devidamente autorizada. Utiliza empresa estatal criada para operar engenharia financeira que possibilita o ingresso de algum dinheiro rápido por meio de empréstimo ilegal, porém, a um custo altíssimo e inconstitucional que afeta negativamente as finanças públicas atuais e futuras.

“Precisamos combater esse esquema que poderá comprometer por anos as finanças públicas. Este esquema financeiro é semelhante ao que atuou na Europa, quebrou a Grécia e comprometeu toda a economia do Continente. No Brasil, já está funcionando em alguns estados e municípios (embora não exista lei federal autorizativa)! Em Belo Horizonte uma CPI investigou a PBH Ativos S/A, empresa criada para operar o esquema, tendo comprovado desvio de R$ 260 milhões de arrecadação tributária em favor do BTG Pactual S/A e perda efetiva para o Município na ordem de R$ 70 milhões, em apenas 3 anos de funcionamento”, adverte a coordenadoria nacional da Auditoria Cidadã da Dívida.

Compartilhe

Veja também

Pessoas que acessaram este conteúdo também estão vendo

Busca

Notícias por Data

Por Data

Notícias por Categorias

Categorias

Postagens recentes

Nuvem de Tags