O diretor-geral do Supremo Tribunal Federal, Alcides Diniz, disse que a reunião prevista para sexta-feira passada, que não aconteceu, deve ocorrer nesta segunda-feira 23, mas sem a presença de representantes de servidores e das associações de juízes.
Segundo informação dada pelo diretor-geral ao servidor Antonio Melquíades, o Melqui, dirigente da federação nacional (Fenajufe), ele, o ministro Ives Granda, do Conselho Nacional de Justiça, e o secretário de Recursos Humanos do Supremo, Amarildo Vieira de Oliveira, devem tratar do tema nesta segunda-feira. Segundo Alcides, o objetivo é estudar uma nova proposta consensual de projeto de revisão salarial.
O dirigente sindical reivindicou a participação dos servidores na reunião, mas o diretor-geral disse que ela não teria um caráter de negociação e que a princípio isso não seria possível. Na avaliação exposta por Alcides, estaria havendo avanços nas discussões entre os tribunais superiores. Parte das resistências já teriam sido vencidas. Disse esperar uma solução rápida para o caso, o que, segundo ele, teria sido solicitado pelo ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, mas não quis assegurar uma data para isso.
A greve nacional no Judiciário Federal e MPU, iniciada no dia 18 de novembro, ganha a adesão de servidores de mais sete estados nesta segunda-feira 23. A orientação do Comando Nacional de Greve é manter a paralisação, procurar ampliá-la e dar visibilidade ao movimento com atos e manifestações. Em Minas Gerais, os servidores decidiram paralisar suas atividades por 48 horas nos dias 26 e 27 próximos, quando fazem nova assembleia para decidir os rumos da mobilização.
Dirigentes sindicais também apontam a busca nos estados da unidade e de atividades conjuntas com os servidores da Delegacia Regional do Trabalho e do IBAMA, que estão em greve, como uma iniciativa que pode fortalecer o movimento nacional da categoria.
Por Hélcio Duarte Filho
Jornalista do Luta Fenajufe, especial para o SITRAEMG
