Do Estado de Minas: Barragem do Fundão, em Mariana, tem novo vazamento e Samarco aciona alerta

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Defesa Civil foi avisada pela Samarco, que acendeu o alerta amarelo – a área foi esvaziada, conforme protocolo de segurança

A barragem do Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana, apresentou um novo vazamento no começo da tarde desta quarta-feira. De acordo com o chefe da Defesa Civil de Mariana, Welbert Stopa, o órgão foi avisado pela empresa, que adotou o alerta amarelo. Stopa afirma que não há vítimas, mas que, seguindo a legislação, os funcionários tiveram que sair do local. “Teve um deslocamento de massa. Foi material acumulado que vazou”, afirma Stopa. Boletim da Samarco enviado ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) indicava a presença de 150 trabalhadores no local no momento do vazamento.

Obras eram realizadas na Barragem do Fundão no momento do vazamento (foto: Divulgação/CBMMG)
Obras eram realizadas na Barragem do Fundão no momento do vazamento (foto: Divulgação/CBMMG)

O responsável pela Defesa Civil detalha que esses materiais acumulados são sedimentos do vazamento anterior, em 5 de novembro, que matou 17 pessoas, deixou duas desaparecidas, arrasou comunidades e provocou o colapso no abastecimento das cidades às margens do Rio Doce. Procurada pela reportagem, a Samarco informou que vai se pronunciar sobre o caso.

A Samarco confirmou à prefeitura de Mariana que os funcionários foram retirados do local por motivo de segurança. Ainda citada pela prefeitura, a mineradora minimizou o incidente, qualificando o vazamento como de “volume pequeno”. A Samarco descartou risco de que esse material siga adiante nos cursos d´água e que não há motivo para pânico.

A situação de emergência é iniciada, segundo a portaria DNPM, quando “for constatada, a qualquer momento, anomalia que resulte na pontuação máxima de 10 (dez) pontos em qualquer coluna do quadro de estado de conservação referente a categoria de risco da barragem de mineração, ou quando há qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura. A emergência é classificada de níveis de um a três, sendo que o último é quando há ruptura ou iminência.

O promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais do Ministério Público de Minas Gerais mandou deslocar uma equipe ao local para apurar o novo incidente.

Fonte: Estado de Minas

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