Antes das deliberações da AGE e dos informes passados pelo coordenador geral do SITRAEMG Alexandre Magnus, nesta sexta-feira, 14, em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso, muitos servidores fizeram uso do microfone e, alguns levaram relatos da viagem a Brasília, realizada nesta semana, em defesa do projeto de reposição salarial, e outros aproveitaram para falar sobre a proposta de reposição apresentada pelo STF na última quarta-feira. Confira mais abaixo algumas das intervenções.
A manifestação desta sexta lotou o passeio que dá acesso ao prédio do TRT, com a presença de aproximadamente 400 servidores, dentre os quais os coordenadores do SITRAEMG Alexandre Magnus, Igor Yagelovic, Célio Izidoro, Sandro Pacheco, Henrique Olegário, que conduziu os trabalhos durante a assembleia, Daniel de Oliveira, Dirceu dos Santos e Evandro da Silva.
Trabalho intenso em Brasília
Os servidores Leonardo (TRT/Monte Azul), Adriana (TRE/BH), Mônica (TRT/BH), e o coordenador Sandro Pacheco falaram um pouco sobre os trabalhos de convencimento realizado junto aos parlamentares em Brasília, em defesa da derrubada do veto presidencial ao PLC 28/15.
Leonardo falou que foi muito trabalhoso, porém, válida a experiência ao lado dos parlamentares, contudo não se sentiu representado. “Temos que trabalhar a categoria para colocarmos, no Congresso, algum colega do Judiciário para nos representar de verdade”, apontou, chamando os colegas para pensarem nisso para as próximas eleições.
Adriana falou das inúmeras dificuldades que a categoria enfrenta pela derrubada do veto que, além do trabalho de convencimento dentro do Congresso, os servidores, nas ruas, durante as manifestações, são submetidos a vários tipos de represália, como no caso da última atividade em Brasília, onde colegas do Judiciário foram atingidos pela ação da polícia. “São colegas que se machucaram por nós, e também por isso devemos ir a Brasília no dia 18, pela possibilidade de derrubada do veto”, disse a servidora incentivando os demais colegas a participarem da caravana mineira.
Corroborando o sentimento de Adriana, o coordenador sindical Sandro Pacheco falou da necessidade de os servidores trabalharem pela derrubada do veto, fazendo com que ele seja pautado para a próxima terça. “Já são vários os parlamentares que se comprometeram com a categoria e assinaram a lista de apoio à derrubada do veto”, destaca o coordenador.
A servidora Mônica (TRT/BH) disse que a situação é grave e que a categoria precisa mostrar sua força para derrubar o veto. Informou sobre os encontros com parlamentares e já garantiram o apoio de algumas lideranças como as do PSDB, DEM, PT e PDT. “O trabalho de convencimento vem sendo feito, agora é lotar Brasília dia 18”, convida a servidora, chamando a atenção para a grande mobilização dos auditores fiscais que, também nesta semana, defendendo seus interesses, lotaram o Congresso Nacional com cerca de dois mil servidores. Na oportunidade, Mônica parabenizou o trabalho da direção do SITRAEMG e disse que a categoria deve se orgulhar desse Sindicato, pois está sendo muito bem representada pelos seus coordenadores. Citou, ainda, parte da direção do Sindjus-DF, assim como as direções dos sindicatos do Rio Grande do Sul, Bahia e São Paulo que também representam a oposição dentro da Federação.
O servidor Marco Antônio (JF/BH), chamando os colegas para os trabalhos em Brasília, lembrou que estão na reta final e que já lutaram muito para chegar até onde estão, “são mais 36 horas de sacrifício”, contabiliza o servidor, referindo-se ao tempo que será gasto entre a ida e volta de Brasília na próxima semana.
Proposta do STF é muito criticada
O conselheiro fiscal Alexandre Brandi, o coordenador sindical Evandro da Silva e o servidor Hélio Ferreira Diogo criticaram a postura do STF frente ao impasse vivido pela categoria. “Nosso projeto foi aprovado no Congresso e ainda somos obrigados a passar por isso”, criticou veementemente Alexandre Brandi, dizendo que o STF não vem representando os servidores. Para Brandi, a solução seria a realização de eleições diretas, “eleitos por nós”, para os cargos de direção das instituições que deveriam representar a categoria.
Hélio Diogo lamenta a condição humilhante pela qual passa a categoria em busca da reposição salarial e destaca a necessidade de lutar pela aplicação da data-base. “Que esta seja a última luta por melhores condições salariais – devemos brigar pela aprovação da data-base”, disse Diogo, lamentando também o descaso do STF para com os servidores, bem como a proposta apresentada por aquela Corte no último dia 12. Também criticando tal proposta, o coordenador sindical Evandro da Silva pediu pela intensificação dos contatos com os líderes partidários nesta reta final.
Sugestões da coordenação sindical são bem vistas
Vale destacar alguns pontos da AGE que foram muito bem aceitos, por unanimidade, entre os servidores, sugeridas pelo SITRAEMG. O coordenador Célio Izidoro pediu pelas moções de repúdio à Polícia Militar do Distrito Federal e a de Belo Horizonte, e aos seus mandatários, frente às ações durante as manifestações do dia 12, e a moção de apoio ao Serjusmig, que, em plena campanha salarial, está judicialmente proibido de veicular em seu site, material (vídeos, fotos, cartazes, imagens) ou qualquer outro meio com a figura de tubarão ou caricaturas de qualquer magistrado vinculado ao TJMG.
Já o coordenador Henrique Olegário sugeriu, a partir de um pedido pessoal, a concessão de meia diária para alimentação aos servidores não filiados que venham a participar da atividade em Brasília no dia 18. Para ele é uma forma de reconhecimento ao engajamento na luta também dos não filiados. “É um gesto de acolhida e pedido para que esses beneficiários revejam suas posições e se filiem ao Sindicato”, acredita o coordenador.