Durante ato público em BH servidores criticam a inércia de Lewandowski

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Fotos: Generosa Gonçalves

Abrindo as atividades desta semana em defesa da reposição salarial dos servidores do Judiciário Federal, em Belo Horizonte, servidores em greve das três justiças (Federal, Trabalhista e Eleitoral) se reuniram em frente ao prédio do TRT da Getúlio Vargas, na tarde de hoje, 27, durante ato público – confira mais fotos ao término desta matéria. Na manifestação, os servidores fizeram forte ataque ao governo e STF e informaram que a greve só terá fim após a derrubada do veto.

O coordenador do SITRAEMG Henrique Olegário abriu a atividade de hoje destacando o momento histórico pelo qual passa a categoria, acerca da reposição salarial, “que enfrenta uma injustiça de anos”. Em sua avaliação, tanto a presidente Dilma quanto o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, precisam entender que a missão dos servidores é vencer a luta pela reposição. “Lewandowski não nos representa; ele é aliado ao governo”, disse o sindicalista chamando todos os colegas a realizarem um intenso trabalho junto aos deputados e senadores pela derrubado do veto. “Não percamos esta oportunidade, a de vermos aprovado nosso reajuste”, finalizou Olegário.

Apoiando integralmente as palavras de Olegário, Vilma de Oliveira, também coordenadora sindical, pediu aos colegas para agirem mais concretamente, em defesa da causa. Ela informou que alguns servidores têm se reunido para buscar alternativas mais eficazes junto aos parlamentares para a derrubada do veto. Outra tentativa é o adiantamento para a votação dos vetos, previsto para o dia 18 de agosto, onde está incluído do PLC 28/15. “Todos os quatro reajustes que recebemos até hoje, desde que entrei no TRE, foram conseguidos à base de greve”, lamentou a sindicalista.

Saia de cima do muro Lewandowski

Insatisfeitos com a atuação do presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, no que tange à defesa do PLC 28, durante o ato público, vários servidores lamentaram a postura do ministro, que tem deixado claro de que lado está – o de Dilma. Revoltado com os nove anos de muita luta e sem reposição salarial, Luiz Fernando, servidor do TRT e diretor de base do Sindicato, pede que “Dilma assuma sua responsabilidade e que Lewandowski não seja covarde”, externou, lembrando que o Executivo e Legislativo já tiveram seus reajustes.

Corroborando, o também diretor de base David Landau, servidor do TRT, citou a descrença da categoria para com Lewandowski. “Os servidores não acreditam no discurso do STF acerca da negociação”, disse Landau, informando que a categoria percebe claramente que o ministro está enrolando os servidores, ao lado do governo; “ele não nos defende” destacou Landau, criticando o ministro por não utilizar seu espaço na imprensa para dizer a verdade sobre o Projeto e desmentir as falácias do governo. “Lutamos também por justiça e respeito. Lewandowski está em cima do muro, está do lado de Dilma”, finalizou.

“Nossa luta vai muito além da greve.” Disse o coordenador sindical Célio Izidoro, lamentando a existência de um “jogo” muito forte dentro dos Poderes e criticou a falta de abertura do governo e STF em negociar com a categoria. Apoiando seus colegas, Izidoro também criticou a postura de Lewandowski que, agora, após aprovado o PLC 28/15 no Senado, fala em negociação. “O ministro não acreditava que o nosso Projeto passaria no Senado. Estamos num jogo, e estamos vencendo, contudo, devemos ficar atentos à caixa de maldade do governo”, aponta o sindicalista.

Os servidores da Justiça Federal Hebe-Del Kader e Nestor Santiago, resgataram um pouco da história do movimento da categoria, realizado com muitos atos, passeatas, arrastões e viagens a Brasília. Nestor disse acreditar que os servidores acertaram em decidir pela continuidade do movimento e que e a categoria deve resistir até o final. “Vejo um governo derrotado nesta luta e temos que deixar um legado de fortalecimento do Judiciário”, finaliza. Já Hebe citou o cansaço da categoria até agora, mas confiante num desfecho favorável dos servidores quando da retomada das atividades no Congresso, em agosto. “Nossa luta é também por dignidade existencial”, declarou.

Agende-se!

Dia 28/07, terça-feira, 12h às 14h: Ato público em frente ao prédio da Justiça Federal da Avenida Álvares Cabral, 1.741

Dia 29/07, quarta-feira, 12h às 14h: Apagão, em todo o estado, e ato público (com AGE às 13h em primeira chamada e 13h e 13h30 em segunda chamada) em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso, 468.

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