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Coordenadora fala a novos servidores do TRT sobre o SITRAEMG e as lutas da categoria

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A coordenadora geral Lúcia Maria Bernardes de Freitas e o funcionário Leopoldo Lages representaram o SITRAEMG em reunião de apresentação da entidade a cinco novos servidores do TRT, na manhã desta quinta-feira, 22 de maio. Todos eles vão trabalhar em VTs do interior do estado. Numa conversa bem informal, a coordenadora, hoje aposentada, falou sobre sua experiência como servidora do TRT e sindicalista, para oferecer aos novos colegas uma dimensão mais exata acerca da carreira de servidor do Tribunal e da importância da filiação dos mesmos ao Sindicato e do envolvimento nas lutas da categoria.

De pé, a coordenadora sindical Lúcia Maria Bernardes e o funcionário da entidade Leopoldo Lages. Foto: Gil Carlos
De pé, a coordenadora sindical Lúcia Maria Bernardes e o funcionário da entidade Leopoldo Lages. Foto: Gil Carlos

“Sabe por que vocês hoje estão aqui? É porque o nosso salário melhorou. Quando entrei na Justiça do Trabalho, era mais ou menos o valor do salário mínimo. Graças às lutas dos sindicatos e da categoria chegamos aos níveis atuais”, observou, ressalvando, porém, que nos últimos anos os vencimentos vêm sofrendo grande defasagem, mas que isso é o sinal de que a luta nunca pode parar. Participando da conversa, o funcionário Leopoldo lembrou que a categoria precisa ter muita força de luta e persistência, até mesmo porque todas as conquistas, para serem alcançadas, precisam da aprovação de lei, o que requer  articulações junto aos próprios tribunais, ao Legislativo e, por último, ao Executivo, para finalmente serem implementadas.  

Além da queda nos salários, Lúcia Bernardes lamentou que até fazer greve ficou mais difícil dos servidores ultimamente. Rememorando a greve de 45 dias realizada em 2002, durante seu mandato como presidente do Sindicato (atualmente ela é uma das coordenadoras gerais), ela reclamou que, hoje, basta se iniciar um movimento grevista e a Justiça já vem para dificultar e impedir o movimento.

Sobre a carreira do servidor do Judiciário, a sindicalista alertou que o mais importante é lutar pela valorização do salário (vencimento básico mais a GAJ), pois é este que é levado para a aposentadoria. “Sem função (comissionada), você é livre”, acrescentou.

Mesa de negociação

Entrando nas lutas da categoria, Lúcia Bernardes destacou a abertura do Supremo ao diálogo, ao instalar mesa de negociação, no início deste mês, e informou que a primeira discussão travada entre seus integrantes (representantes da Fenajufe, STF e tribunais e conselhos superiores) é o envio de um substitutivo ao PL 6613/09 (revisão salarial) ao Congresso Nacional. Isto se tornou possível, reforçou, graças à luta incessante dos servidores e manifestação realizada pelos mesmos, este ano, em frente ao prédio do STF, em Brasília. 

A propósito do Sindicato, ela salientou que, além de ser o viabilizador e facilitador das lutas da categoria, o SITRAEMG oferece uma série de benefícios aos seus filiados. Por exemplo: assessoria jurídica em ações judiciais da área administrativa, em Minas e na capital federal. “Vocês devem cumprir corretamente suas funções no Tribunal. Porém, se sentirem injustiçados, têm o Sindicato para ampará-los”, avisou.  O Sindicato também disponibiliza mais de uma centena de convênios para os filiados, nas áreas de saúde, lazer, educação, cultura, beleza etc., sendo o principal deles a Unimed, oferecendo planos de saúde para familiares dos servidores e seus dependentes. Sem falar nas parcerias com faculdades e o direito a quatro dias por ano de hospedagem em hotéis conveniados de Belo Horizonte.

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