Na mais representativa plenária dos últimos 2 anos, servidores aprovam calendário que inclui atos da “mentira” nos estados no 1º de Abril
Plenária nacional dos servidores públicos federais, em Brasília, aprovou um calendário de mobilizações contra o PL 549/2009, projeto defendido pelo governo Lula que pode levar ao congelamento dos salários do serviço público.
A campanha terá atos públicos nos estados no dia 1º de abril, com distribuição de carta à população e pressão sobre parlamentares nos aeroportos. “Queremos mostrar as mentiras que o governo vem falando sobre os serviços públicos e os servidores”, explica Paulo Barela, dirigente sindical do IBGE e da Cnesf (Coordenação Nacional das Entidades de Servidores Públicos Federais).
Haverá ainda uma jornada de manifestações em Brasília de 12 a 18 de abril, com ato público nacional, com dia exato ainda a ser definido pela Cnesf, que convocou e organizou a plenária, realizada no domingo 14. “A gente quer fazer um grande ato em Brasília”, informa Barela.
A campanha é combinada com o combate a outros dois projetos: o que regulamenta a demissão de servidores por insuficiência de desempenho (PL 248) e o que está sendo preparado pelo governo sobre o direito de greve.
Já para esta semana as entidades pretendem fazer visitas diárias aos parlamentares, no Congresso Nacional, nas quais vão entregar carta com as razões para rejeitar o projeto, apontado como um desastre para os serviços públicos. O PL 549/2009 estabelece limites mais rígidos para aumentos com o funcionalismo na Lei de Responsabilidade Fiscal e pode impedir a expansão da administração pública.
A plenária teve a participação de quase 200 servidores, entre delegados e observadores. Praticamente todos os segmentos que integram a Cnesf estiveram representados, com maior peso para os docentes (Andes), professores das escolas federais (Sinasef) e técnicos administrativos das universidades (Fasubra). Sindicatos da base da federação nacional (Fenajufe) participaram da atividade. “Foi uma plenária das mais representativas dos últimos dois anos”, afirma Barela.