Várias categorias de servidores públicos estaduais e movimentos sociais convocam para paralisação geral nesta terça-feira, dia 7 de outubro. A greve estadual será contra a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e seus efeitos para servidores e serviços públicos.
A mobilização protestará contra a privatização das empresas públicas estaduais, como a Cemig, anunciada pelo governo do Estado. Também vai cobrar que governo recue na decisão de cortes em investimentos e o congelamento dos salários dos servidores estaduais por nove anos.
Na Capital haverá concentração na Assembleia Legislativa, no bairro Santo Agostinho, a partir das 14 h.
Ineficiência do governo Zema
Sindicatos e movimentos populares denunciam que a adesão ao RRF, imposta por Zema, precariza serviços públicos e não resolve o problema da dívida do Estado de Minas Gerais.
Durante audiência pública realizada em outubro, o secretário de Zema, Gustavo Barbosa confessou, que a adesão ao RRF vai elevar a dívida em 34%. Ou seja, o valor que Minas deve passaria dos atuais R$ 160 bilhões para R$ 210 bilhões em nove anos, período de subordinação ao regime de recuperação fiscal.
Nas ruas
Nos últimos dias, a Frente Mineira em Defesa dos Serviços Públicos projetou, em um prédio na rua da Bahia (BH), mensagens que denunciam as ações do governo do Estado.
“O ato simbólico, assim como as demais ações do movimento, alerta que a população – que depende da educação pública, da saúde pública, da segurança pública, dentre outros serviços do Estado – será atingida pelo congelamento dos investimentos em programas e serviços públicos. Por todos esses motivos, convidamos os filiados a apoiarem a campanha e a greve estadual”, explica o coordenador do Sitraemg, Alexandre Brandi.
Assista ao vídeo
O coordenador também considera preocupante o fato de o governador pretender vender as companhias estatais de capital aberto, como a Cemig e a Copasa.
“Isso é péssimo para os mineiros, pois o que é do povo passa a ser privado, haverá piora do serviço prestado e as tarifas aumentarão, ” avalia.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg
