A nova direção do Sitraemg se solidariza com aproximadamente 5 mil funcionários da Ford que perderão seus empregos. Nessa segunda-feira (11), a empresa anunciou que encerrará a produção de veículos em suas fábricas no Brasil após um século. A montadora mantinha fábricas em Taubaté (SP), Camaçari (BA) e em Horizonte (CE).
A história da Ford tem 113 anos no Brasil. Os primeiros carros chegaram em 1908 e a produção local teve início em 1919. Atualmente, a empresa possui 6.171 funcionários no país. Com o encerramento da produção de carros no Brasil, toda uma cadeia de empresas de autopeças e trabalhadores em concessionárias serão prejudicados.
A empresa continuará comercializando produtos no Brasil, que serão importados principalmente da Argentina e do Uruguai, mas não resolverá o problema de milhares de trabalhadores que ficarão sem o emprego em um momento de pandemia da Covid-19, economia fragilizada e com o desemprego atingindo 14 milhões de brasileiros, segundo o IBGE.
O Sindicato manifesta apoio a todos os afetados pelo fechamento da montadora no país. Ao mesmo tempo, se sensibiliza também com as pessoas que compraram carros da Ford, pois sairão perdendo porque os veículos com modelos nacionais (Ka, EcoSport e Troller T4) terão suas vendas interrompidas assim que terminarem os estoques e serão desvalorizados.
Vale ressaltar que no Brasil as indústrias automobilísticas sempre receberam incentivos fiscais do governo federal. As empresas só ficam aqui quando os lucros são estratosféricos. Na hora delas darem contrapartida, simplesmente fecham as portas, vão embora e deixam o povo brasileiro sem o retorno esperado.
Veja as explicações inacreditáveis sobre a saída da Ford, por Luis Nassif, publicado no jornal GGN, por meio deste link.
O encerramento da produção de veículos da Ford no Brasil é mais uma comprovação de que a reforma trabalhista não deu certo e que as políticas econômicas do governo atual não têm tido resultados positivos.
