Acusação foi feita durante tempo para perguntas aos palestrantes, na abertura do Congrejufe. Diretores mineiros indignaram-se e pretendem pedir direito de resposta
Na troca de farpas entre delegados e dirigentes que eram contra ou a favor da permanência da filiação da Fenajufe à CUT – Central Única dos Trabalhadores -, o SITRAEMG – Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal em Minas Gerais – acabou sendo atingido por um dos petardos. Durante o tempo dado aos inscritos para dirigirem perguntas aos palestrantes da noite, o historiador Valério Arcary e o presidente nacional da CUT, Artur Henrique, o dirigente do Sindjus-DF e coordenador de finanças da diretoria executiva da Fenajufe, Berilo José Leão Neto, acusou o sindicato mineiro de não fazer “nenhum dia de greve”.
Leão Neto disse ao microfone que aqueles que condenavam a CUT deveriam perguntar aos sindicatos dissidentes sobre suas ações e então questionou: “perguntem ao SITRAEMG, que não é filiado à CUT, quantos dias de greve ele fez – nenhum! Um sindicato que se diz de luta e não fez nenhum dia de greve!”, afirmou. A acusação, feita em alto e bom som, provocou reação imediata entre os delegados e diretores mineiros, que chegaram a se levantar e ir à frente do auditório para protestar.
Alexandre Magnus, diretor jurídico do SITRAEMG e servidor da Justiça do trabalho na cidade de Juiz de Fora, atribuiu a fala ao fato de que, em 2009, os mineiros foram uns dos últimos sindicatos a aderir à greve, mas logo informa que “no PCS-3 fizemos vários dias de greve e em outras ocasiões entramos antes de outros estados. O que ele [Berilo Neto] falou é um desrespeito à base”. O presidente da entidade, Alexandre Brandi, respondeu à acusação explicando que “nós, mineiros, somos cautelosos para entrar em greve, mas jamais fugimos da luta. Quando entramos em greve, entramos para valer”, frisou.
E é o próprio Alexandre Magnus quem dá as provas da greve feita entre novembro e dezembro de 2009 (leia matéria a respeito aqui), quando fala dos descontos nos contracheques dos servidores da Justiça do Trabalho, relativos a dois dias parados: “eu, o Célio [Izidoro, também diretor do SITRAEMG e servidor da JT], e mais três servidores de Juiz de Fora, que também são delegados aqui hoje, tivemos esses dias descontados. Se isso não significa que fizemos greve, então o que é?”, criticou, completando que pretende pedir direito de resposta amanhã, 28, durante as atividades do dia.
*Acompanhe a cobertura do 7º Congrejufe também pelo Twitter do Sindicato: www.twitter.com/sitraemg