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Reunião nacional aprova atos pelo PCS para dia 26, mas adia greve para novembro

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Não há quaisquer garantias de aprovação do PCS-4 após as eleições do dia 31 de outubro. Esse entendimento foi comum a todos os servidores que participaram da reunião ampliada da federação nacional (Fenajufe), realizada no sábado (16), em Brasília. Não houve quem sustentasse que o suposto ‘acordo’ entre o presidente Lula e o ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal, que ‘prevê’ rediscutir o assunto após as eleições, garanta alguma coisa, como vem divulgando o sindicato de Brasília (Sindjus-DF).

Apesar disso, porém, os representantes dos sindicatos da categoria que estavam na capital federal assumiram posições divergentes quanto à aprovação de um calendário mais forte de mobilizações para pressionar Lula, Peluso, parlamentares e os dois candidatos ao Planalto que disputam o segundo turno antes das eleições no dia 31 de outubro.

As manifestações antes da segunda etapa eleitoral serão concentradas em 26 de outubro, escolhido como dia nacional de luta. O início da greve por tempo indeterminado, aprovado em alguns estados, defendido por parcela dos delegados à ampliada e cuja possibilidade fora indicada na reunião ampliada anterior, acabou adiado para a segunda quinzena do mês que vem – a data indicada é 17 de novembro. O calendário aprovado prevê paralisação de 24 horas na semana anterior à greve, no dia 11 de novembro.

Boicote do Sindjus-DF à reunião é criticado

A definição deste calendário e de como a federação atuará nestas duas semanas que antecedem as eleições foi motivo de polêmica. De um lado, os servidores que defendiam a necessidade de uma maior pressão desde já, incluindo nos alvos das mobilizações os dois candidatos ao Planalto, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Essa era a posição do movimento de LutaFenajufe. Do outro, os que propuseram jogar as mobilizações para novembro, depois das eleições, e que discordavam de qualquer tipo de pressão sobre os dois candidatos. Neste grupo, encontravam-se sindicalistas que apóiam o atual governo e atuam na campanha de Dilma.

Ao serem decididas as datas do calendário, prevaleceu o adiamento da greve e a concentração da mobilização em outubro no dia 16 – com o placar de 40 votos a 27. Houve ainda 12 abstenções.

Alguns representantes da categoria acabaram não votando no início da greve antes das eleições por considerar algo difícil já que boa parte das direções dos sindicatos se negam a fazer isso. Chamou atenção, neste aspecto, a ausência do sindicato de Brasília (Sindjus-DF) – que não realizou assembléia e não mandou um único representante à reunião ampliada. As informações do que aconteceu na capital federal, onde o Sindjus-DF vem divulgando para a sua base que está tudo resolvido, foram dadas por um servidor que discorda das posições do setor que dirige o sindicato.

Os sindicalistas ligados ao governo, acusados de tentar ‘blindar a candidatura Dilma’, no entanto, não conseguiram impedir que a maioria dos servidores derrubasse a decisão do setor majoritário na direção da Fenajufe de não procurar os candidatos e pressioná-los a se posicionar sobre os projetos que revisam os planos de cargos e salários do Judiciário Federal e do MPU e o dizer o que defendem para os serviços públicos e o funcionalismo.

Convocar a mobilização da categoria

Após a plenária, servidores que integram o movimento LutaFenajufe se reuniram para avaliar o resultado da plenária ampliada. Observaram que o adiamento do calendário de greve foi um erro e dificulta a conquista do PCS-4. É verdade que não seria fácil iniciar a greve ainda em outubro, analisaram, mas isso era necessário, já que o poder de pressão agora sem dúvida é maior do que após o dia 31 – e postergar a paralisação para novembro não diminuirá as dificuldades de mobilização. Criticaram ainda o fato de o setor majoritário na direção da Fenajufe priorizar a defesa de um governo que há oito anos ataca os servidores e deixar para segundo plano a luta pelos direitos dos trabalhadores que dizem representar.

E ressaltaram a necessidade de, apesar disso, convocar a categoria a participar dos atos do dia 26 e a construir a mobilização para derrubar a política de congelamento salarial, que tende a ser mantida seja quem for o candidato eleito no segundo turno da eleição presidencial. Mais do que nunca, avaliaram, é preciso dizer que sem luta não haverá PCS.

O SITRAEMG participou da reunião ampliada da Fenajufe, sendo representado pelos servidores eleitos na assembléia geral, e irá definir, nos próximos dias, junto com a categoria, quais atividades serão realizadas no estado no dia de mobilização.

Por Hélcio Duarte Filho,

enviado a Brasília, para o SITRAEMG

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