O início da tarde do Encontro Regional em Divinópolis foi marcado por informes específicos para os Oficias de Justiça. Na ocasião, foram apresentados o relatório protocolado no CNJ sobre violência contra Oficiais de Justiça e demandas oriundas de reuniões com o segmento realizadas em Belo Horizonte anteriormente e seus encaminhamentos.
A apresentação foi realizada pelos coordenadores executivos Elimara Gaia e Hélio Ferreira Diogo, que são oficiais de Justiça do TRT, e o psicólogo Arthur Lobato, responsável técnico do Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) do SITRAEMG.
Na ocasião, Elimara Gaia falou sobre um dossiê de diversas situações que os oficiais de justiça passaram trabalhando e seminários dedicados a saúde do profissional. “A realidade do oficial é que, diversas vezes, vamos para regiões sem proteção nenhuma. É importante participar de grupos em redes sociais para compartilhar experiências e dicas de como agir diante de uma situação inusitada. Além disso, o SITRAEMG tem o Núcleo de Oficiais de Justiça para fazer esse elo de passar informações em busca de soluções”, disse.
Já o coordenador Hélio Diogo, que atua como oficial de justiça há 25 anos, disse que a segurança depende mais do profissional hoje do que do poder público. “Não seja imprevidente ao cumprir os mandados, pense em você e na sua família e evite situações por meio da precaução. Por exemplo, em lugares perigosos não vá sozinho”, aconselhou.
O psicólogo Arthur Lobato ressaltou que uma das características que diferencia o oficial de justiça do servidor é o trabalho externo: “o oficial só bate na porta alheia para dar má notícia, ele é o ‘longo braço’ da lei. A questão é além da violência visível, como ser agredido, existe também a violência invisível através das humilhações. É importante o oficial fazer o registro no Tribunal relatando o assalto, capotamento de veículo, mordida de cachorro, entre outras situações para mostrar a atual realidade.”