Ato em Juiz de Fora une servidores federais e denuncia os ataques do governo Dilma aos trabalhadores de todo o País

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No mesmo dia do ato unificado dos servidores públicos federais realizado em Belo Horizonte, em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso (leia aqui), e na mesma semana em que os SPFs organizam manifestações em todo o País em defesa da pauta unificada de reivindicações entregue ao governo no início deste ano, os servidores do Judiciário Federal de Juiz de Fora (Justiças Militar, Eleitoral Federal e do Trabalho) também aderiram à jornada de lutas e realizaram ato público ontem (quarta-feira, 25), em frente ao fórum trabalhista da cidade, com a participação de servidores locais e de outras cidades da Zona da Mata, incluindo colegas também do Ministério Público da União (MPT e MPF), que estão em greve há mais de 40 dias. Os manifestantes fizeram questão de deixar a denúncia e a indignação do funcionalismo público federal diante dos sucessivos ataques do governo Dilma aos trabalhadores de todo o País.

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Os participantes do ato de Juiz de Fora mostraram que não aguentam mais o descaso de Dilma com o serviço público e os servidores

Enquanto o povo brasileiro fica cada vez mais apertado com o ajuste fiscal e humilhado pela corrupção, os servidores tomaram o diálogo com a população, denunciando o governo e demonstrando que um país sem corrupção é um país em que os trabalhadores do Judiciário e dos Ministérios Públicos são valorizados. Entretanto, são os governos que determinam os salários desses trabalhadores e decidem sobre suas respectivas carreiras, mas mentem dizendo que “falta orçamento”.

Não tem dinheiro para os trabalhadores da Justiça e dos Ministérios Públicos?

“Tem dinheiro para Lava-Jato (operação da Polícia Federal que descobriu o rombo no esquema de corrupção instalado na Petrobras), Mensalão, corrupção, mas não tem dinheiro para os servidores?”, manifestou-se Nilson Jorge, coordenador do SITRAEMG, durante os protestos. “As prioridades do governo são claras quando vemos que o Congresso Nacional acabou de aprovar a lei orçamentária de 2015, outra vez entregando 47% da riqueza nacional para pagamento da dívida pública”, reclamou.

Em 2014, apenas 1,17% do orçamento da União foi destinado ao Judiciário, sendo que grande parte desses recursos têm sido destinado ao reajuste dos subsídios dos magistrados e membros do MP. Enquanto isso, os técnicos e analistas judiciários lutam por reposição salarial que não ocorre há nove anos. Mas, se por um lado o governo sequer repõe a taxa inflacionária nos salários e ainda sobretaxa a remuneração dos aposentados, por outro, deixa livre o caminho dinheiro público para o bolso de políticos corruptos e para os cofres privados.

“Devemos unir forças para pressionarmos (o governo)”, conclamou um servidor do Ministério Público do Ministério do Trabalho, que está em greve junto com colegas de mais de 130 agências do MPT no país. “Os procuradores e juízes andam juntos. Nós também temos que andar juntos”, propôs. “A necessidade de união de diversas categorias já está se tornando organização, e acreditamos que, unindo todos os trabalhadores, poderemos sacudir as estruturas de qualquer tribunal e qualquer governo, para dar fim a todo abuso e injustiças cometidas por estas instituições”, completou.

Dia 8 de abril será mais forte!

Esta semana está sendo o início de uma jornada que tem como objetivo fortalecer a adesão dos trabalhadores do Judiciário Federal de todo país, e também unificar a luta com as outras categorias de servidores federais. O objetivo é pegar como referência a luta unificada que rendeu o reajuste de 15,8% em 2012 para construir um movimento mais eficiente que, apoiado na indignação popular, possa alterar os rumos da Justiça e da política econômica aplicada pelo governo Dilma.

Com essa determinação, os participantes do ato de ontem em Juiz de Fora decidiram realizar nova mobilização no próximo dia 8 (de abril), ocupando as ruas e dialogando nos locais de trabalho, buscando, assim, o fortalecimento da luta. Enquanto isso, a categoria continua firme no apoio às lutas dos técnicos da Universidade Federal de Juiz de Fora, dos colegas do Ministério Público do Trabalho, dos professores do estado e demais trabalhadores que também estão sendo atacados pelo governo Dilma. Afinal, a luta é de todos os servidores públicos federais.

Mais fotos do ato de Juiz de Fora

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Primeiro à esquerda, o coordenador geral do SITRAEMG Alexandre Magnus, servidor da Justiça do Trabalho em Juiz de Fora
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À esquerda, Nilson Jorge, coordenador do SITRAEMG e servidor da JT em Juiz de Fora

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