Assim como ocorreu na Reunião do Conselho Deliberativo do Sitraemg de 18 de maio, a XXIV Plenária Nacional da Fenajufe também aprovou o indicativo de greve por tempo determinado, no dia 20 de junho, em defesa do Plano de Cargos, Carreira e Salários dos servidores do Poder Judiciário da União (PJU).
A Plenária foi realizada no período de 23 a 26 de maio, em Natal (RN).
Pela resolução aprovada, caberá aos sindicatos convocarem assembleias para deliberar, junto a suas respectivas bases, sobre a adesão à paralisação. O Sitraemg já convocou a AGE virtual para quarta-feira, 29 de maio, a partir das 20 horas.
A resolução contempla o calendário de lutas nacional pela aprovação de um novo PCCS. Antes da paralisação do 20, também está prevista uma reunião do Conselho Deliberativo das Entidades (CDE) para o dia 6 de junho, para organizar a mobilização.
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A resolução
Depois de um acordo entra as forças políticas presentes, o texto da resolução foi aprovado de forma simbólica, apenas com algumas abstenções.
O documento avalia que a arrecadação do governo vem só aumentando. Em março deste ano, atingiu o maior volume desde o ano 2000.
Por isso, desmitifica a alegação de que não há recursos para a recomposição salarial. E reforça o alerta à categoria: “a maior e única ferramenta de posse da classe trabalhadora é a sua própria mobilização, com paralisações, atos e greve”.
Outros pontos de mobilização contidos na resolução:
- Não aceitar propostas que ofereçam reajuste salarial com extinção de direitos;
- Não aceitar a criação de parcelas remuneratórias que subjuguem a categoria à discricionariedade da avaliação de metas institucionais ou de obscuras avaliações funcionais. A remuneração dos servidores não pode estar atrelada ao livre entendimento da administração sobre desempenho funcional ou institucional;
- Defender a unidade na greve da categoria judiciária;
Presença robusta do Sitraemg no evento nacional
O Sitraemg marcou presença na XXIV Plenária Nacional da Fenajufe com uma delegação de 17 delegados e nove observadores.
Como delegados, estiveram presentes os seguintes filiados: Nélia Vânia Rodrigues de Matos (TRT3), Liana Theodoro Ferreira dos Santos Barreto (TRE-MG), Marco Antônio Paiva Nogueira Júnior (TRF6), Wallace Marques Coelho (TRF6), Lourivaldo Antônio Duarte (TRF6), Artalide Alves Lopes (TRT3), Joana D’arc Guimarães (TRT3), Alexandre Brandi (TRE-MG), Alessandra Matias Barbosa (TRF6), Célio Isidoro Rosa (TRT3), Leonardo Castro de Andrade (TRT3), Tâmisa Gonçalves (TRE-MG), Marcos Vinícius Vieira dos Santos (TRE-MG), Júlio César de Oliveira Brito (TRE-MG), Eliana Leocádia (TRF6), Vera Lúcia Ferreira de Faria (TRE-MG) e Rosimare Alves Ribeiro Petitjean (TRT3). E como observadores, os filiados Sônia Maria Peres de Oliveira (TRT), Lúcia Maria Bernardes de Freitas (TRT3), Enilson Antônio Fonseca (TRF6), Sebastião Edmar Silva (TRE-MG), Olavo Antônio de Oliveira (JM), Karine de Paula Mendes (TRE-MG), Anderson Brandão (TRT3), Evyenia Eliza Varmaxidis (TRE-MG), Alessandra Maria de Oliveira (TRE-MG).
Os coordenadores sindicato Carlos Wagner, Elimara Gaia e David Landau também participaram do evento.
Coordenadora do Sitraemg denuncia sequência de golpes contra os servidores em curso no País
Ao se manifestar durante a plenária, a coordenadora-executiva do Sitraemg Joana D’Arc Guimarães denunciou a sequência de golpes contra os servidores públicos em curso no Brasil.
Relatou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), enquanto concede toda sorte de privilégios aos magistrados, incluindo mais folgas além dos 60 dias de férias anuais, impõe pesadas metas para as varas.
Veja o vídeo:
“Para ele (o juiz) cumprir a meta, tem que esfolar os servidores públicos. Isso é fato, e é o que está acontecendo neste país”’, protestou.
Outro golpe denunciado por Joana D’Arc foi a PEC 32/2020, da reforma administrativa. Lembrou que a proposição prevê a retirada de uma série de direitos do funcionalismo, incluindo uma redução de 25% nos salários e o fim da estabilidade.
A coordenadora do Sitraemg salientou que a proposição está sempre “debaixo do braço” do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL). Toda vez que o parlamentar quer chantagear o atual governo e o funcionalismo, ameaça recolocá-la em tramitação.
Alertou que “o que está acontecendo em nosso país é o centrão mandando no Congresso Nacional”, e que os próprios servidores estão se omitindo em relação a essa situação. “É fundamental a (nossa) mobilização”, convocou, defendendo também o aumento da bancada de servidores públicos no Congresso Nacional, com a eleição de pelo menos um deputado federal por estado.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg