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Visão de um dramaturgo sobre a atual Venezuela

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Entrevista – IZAÍAS ALMADA

O escritor, dramaturgo, roteirista cinematográfico e colaborador de Caros Amigos (revista e site), Izaías Almada, está lançando o livro “Venezuela – Povo e Forças Armadas”. Nesta entrevista, conta sobre a ida à Venezuela, explica a Revolução Bolivariana liderada por Hugo Chávez e propõe um novo pacto civil-militar no Brasil.

por Vinícius Souto

Assim como fez com os entrevistados do livro, gostaria que começasse se apresentando. Quem é Izaías Almada?
Comecei a escrever já com 40 anos de idade. Até essa altura, minha formação aconteceu no teatro e no curso superior de ciências sociais, que foi interrompido. Estudava na USP, fui preso em 1969, quando estava no terceiro ano do curso. Fiquei quase 3 anos na cadeia e não voltei à faculdade. Aproveitei para continuar fazendo teatro, era integrante do Teatro de Arena, de intervenção social, político. Essa condição foi o que me valeu, depois do presídio, a possibilidade de continuar sobrevivendo. Embora não ganhasse muito, era o que eu tinha para fazer naquela época. Não continuei minha militância política partidária, mas permaneci vinculado aos mesmos ideais pelos quais lutei.

Até hoje?
Com certeza, até hoje.

E o Prêmio Vladimir Herzog?
Minha atividade teatral no início era ligada à interpretação e à direção, depois comecei a escrever também. Passei a me interessar por dramaturgia. Quando morei em Portugal, estive fora por quase 6 anos, a saudade me fez escrever sobre o Brasil. Escrevi uma peça chamada Uma Questão de Imagem, a história de um jornalista que não se deixava corromper. Ele é assediado a adotar uma atitude em que se venderia para determinada idéia, não se corrompe e é morto por isso.

É inspirado em alguém ou em experiências próprias?
Não. Do ponto de vista humano e quase que ideológico, relaciona-se com a figura com a qual trabalhei na Folha de São Paulo e respeitava muito, Cláudio Abramo. Mas não tem nada a ver com a vida particular dele. Recebi críticas por isso. Me defendi dizendo que a peça não era sobre Cláudio Abramo, e sim, sobre um jornalista e dediquei-a a ele. São duas coisas completamente diferentes. Em 1995, essa peça recebeu o Prêmio Vladimir Herzog de Teatro do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Curiosamente, nessa altura, até digo isso no livro, li em Portugal uma entrevista do Chávez que saiu no jornal O Público. Achei interessante, porque era a primeira vez que um militar sul-americano dizia-se marxista. Ou que pelo menos tinha lido, tinha estudado, mostrando que o movimento dele não era um golpe de Estado gorila, como se costumava chamar.

Era então uma nova interpretação dos fatos?
Sim e por isso chamou minha atenção. Falei disso para outras pessoas que diziam: “Não, não dá para confiar nos militares. São sempre golpistas, gorilas”. Desde 1992 ele vem provando que não é bem assim.

O que te motivou, quais desejos o levaram a ir em frente e produzir esse livro?
O livro tem dois propósitos. Primeiro: queria conhecer o que estava acontecendo na Venezuela. Tinha participado de um encontro de solidariedade a Cuba, em São Paulo, em 1995, onde muito se falou da Venezuela. Fiquei curioso, gostaria de ir até lá para conversar com as pessoas. A idéia amadureceu na minha cabeça até que fui ao consulado, marquei uma audiência, expus meu propósito e o c ônsul facilitou por meio de contatos a ida a Caracas no final de 2005.

Quanto tempo levou a produção do livro?
Entre a pesquisa, a ida à Venezuela e a escrita demorei oitos meses, mais ou menos.

Quanto tempo na Venezuela?
Fiquei lá quase 2 meses, andei pelo país, entrevistei, fui à periferia ver o que estava acontecendo. Saí de lá encantado com uma agitação muito grande, principalmente do pessoal mais pobre, que vive nas favelas.

Fale desse clima. Lendo o livro tive a impressão de que é um entusiasmo que toma efetivamente as classes menos favorecidas do país.
É um clima de festa, de grande expectativa por parte dessas pessoas. Estive numa praça de um bairro de classe média alta da burguesia de Caracas e pude constatar grande antipatia e repulsa ao Chávez e ao movimento, naquela época uma das primeiras vezes em que se falou do socialismo do século XXI. Mas havia, sim, uma empolgação. Chamou minha atenção reuniões nas praças onde uns vinte, trinta chavistas ou simpatizantes do movimento bolivariano discutiam o processo com uma efervescia muito grande. Claro, os oposicionistas tinham a perspectiva de interromper esse processo. Perceberam que era um processo de discussão de idéias, de possibilidade de transformação da sociedade venezuelana que até então não havia existido antes da chamada revolução bolivariana.

A resistência dessa oposição pode ser considerada a principal dificuldade para a produção do livro?
Foi. Inclusive, estive lá três anos após aquela tentativa de golpe em 2002 e os reflexos ainda eram muito fortes, como ainda são em alguns lugares. De certa maneira, isso criou dois pólos de discussão, em alguns momentos até mais violentos. Confesso que fiquei temeroso nessa semana que passou com a possibilidade de um confronto. Esta entrevista está acontecendo no day after do referendo. Chávez fez um discurso bastante calmo, bastante ponderado, aceitando o resultado. Analisando por meio da dialética, é uma vitória do presidente venezuelano. Ele disse, inclusive, que prefere assim a ter uma vitória com tão pequena diferença. Complementou falando que ele e o partido, ao aceitarem a derrota querem que a sociedade continue em paz, normalmente. Usou, ainda, a mesma expressão de 1992 quando foi preso: “por agora, nós perdemos”. Esse “por agora” calou fundo na população. Naquela ocasião, perceberam que era um homem que dizia o que pensava, que aceitou a derrota, a prisão, mas deixou a esperança para o futuro. Ontem (3 de dezembro) voltou a repetir a mesma frase.

O senhor não considera, então, que a derrota no referendo represente uma queda no apoio a Chávez?
Não é uma perda de força do Chávez nem apoio a ele. Deve-se reconhecer que a maioria dos artigos propostos no referendo para modificar a Constituição beneficia o povo venezuelano. Porém, um ou outro artigo dava margem à interpretação de que ele quer se perpetuar no poder. O que acho um absurdo. O próprio verbo perpetuar é exagerado. Na verdade é uma perspectiva de reeleição. Quando há essa possibilidade você pode ou não votar nele. É o primeiro candidato à ditadura através de eleições, uma ironia muito grande. Claro, a oposição aproveitou-se e fez essa campanha toda. Duvido, se o resultado fosse inverso, que os oposicionistas iriam aceitar e não levantariam a questão da fraude, da manipulação. Chávez está dando na prática uma lição de democracia.

Ontem o Serra disse em um programa de televisão que se Chávez ganhasse, haveria ditadura na Venezuela. Por que ele e outros, além da mídia, insistem em pôr em dúvida a legitimidade do poder do presidente?
Porque o que está em jogo na Venezuela e na América Latina, com a Bolívia e o Equador, é o aprofundamento da luta de classes. Dizer que a luta acabou é uma balela, uma conversa do neoliberalismo.

O tal fim da história defendido por Francis Fukuyama.
Exatamente. Uma bobagem. Não há acontecimentos históricos através de documentos e discursos feitos dessa maneira. Insistem na tese, porque há o interesse velado para uns e explícito para outros de interromper a caminhada ao socialismo na Venezuela. O que está ocorrendo significa um exemplo muito grande a outras pessoas, outros países.

Talvez uma demonstração de que existem alternativas viáveis ao neoliberalismo?
Sim. A Venezuela, a Bolívia, o Equador, a nova Nicarágua, Cuba há 40 anos, comprovam a existência, na prática, de alternativas. É evidente que vão tentar de todas as maneiras impedir. É engraçado que Chávez, um candidato à ditador, não usa a repressão contra seus adversários. Para Serra, um democrata, basta estudantes ou os sem-terra fazerem um movimento que ele manda a Polícia Militar. Um cinismo enorme.

Acredita na possibilidade de um confronto direto entre Estados Unidos e Venezuela?
O problema, além do ideológico, porque a Venezuela para algumas pessoas é um mau exemplo, é energético. O país continua sendo o quarto ou quinto produtor mundial de petróleo, grande exportador para os EUA. Chávez no último discurso antes do referendo disse que se houvesse uma tentativa golpista violenta iria interromper esse fornecimento. E ele faz. Essa é uma característica de Chávez que o distingue de outros falsos líderes, inclusive de esquerda. Quando diz que faz, faz mesmo. O povo acredita nisso.

Queria que falasse mais das características de Chávez. Uma delas o senhor cita no livro, que são as rápidas tomadas de atitude.
É verdade. Ele toma decisões rápidas, porque já percebeu que no mundo globalizado onde vivemos, a informação tem fluxo ágil. Se demorar a fazer as coisas, pode ser minado pelo discurso da oposição: “olha, ele promete mas não cumpre. É um populista”. Ele luta contra o tempo para transformar, com o povo, a realidade em que vive. Para isso dá passos um pouco maiores que a perna. No caso da Venezuela, para arriscar ele conta com a segurança tanto do povo quanto das forças armadas, de onde vem o respaldo para avançar. Esse jogo povo e forças armadas é justamente o tema do livro.

Sim. Essa integração aliada à figura de Chávez é o que garante o sucesso da revolução?
Defendo realmente essa tese por uma razão muito simples: não devemos impor idéias através das armas, através da força. Mas tem que usar a força e as armas para defender suas idéias. Parece um jogo de palavras, porém na prática são fatores distintos. Impor pela força, é ditadura. Mas a força é necessária para sustentar as idéias que acho justas em relação à maioria da população. Defender-se daqueles que continuam a querer manter privilégios. Se usarem a força, tenho que tê-la também. Então, o livro, como disse, tem duas preocupações básicas, uma era conhecer uma parte de processo venezuelano e outra de propor quase que um novo pacto civil-militar no Brasil, na contramão do que houve em 1964.

Como o senhor acredita que seja possível vencer as barreiras do conceito que se formou na época da ditadura contra os militares?
Nós, os civis, podemos, assim como eles, tomar a iniciativa. Sei que existem problemas muito delicados nessa relação na história do Brasil, principalmente a partir de 1964, o que não quer dizer que viveremos do passado. Temos que pensar no país daqui para a frente. Um território com potencialidades de ser grande no concerto das nações. Temos uma área imensa, uma riqueza vasta de solo e sub-solo, houve agora a descoberta da reserva de petróleo de Tupi, temos a Amazônia. É preciso defender a riqueza em função de uma melhor distribuição de renda para os brasileiros e não deixar que seja levada daqui.

A questão da soberania.
Exatamente onde os militares sempre tiveram uma posição nacionalista, com a intenção de defender a independência.

No livro o senhor afirma que o patriotismo do brasileiro só surge em época de Copa do Mundo. Para o brasileiro falta, então, esse sentimento e a integração aos militares para pensar em se livrar do peso da exploração do capital?
É verdade. Nosso patriotismo aparece, agora até de 2 em 2 anos, por causa das Olimpíadas, do vôlei, mas é sempre na base do esporte. O que é salutar, não tenho nada contra. Interessante seria, também, se o sentimento surgisse em outra vertente, na defesa de outros valores nacionais. Curiosamente, ontem, havia uma imensa alegria na festa dos adversários do Corinthians em comemorar o rebaixamento. Valorizar a derrota do outro mostra um tipo de pensamento discutível, que permeia a sociedade brasileira. Precisamos sacudir e fazer surgir o patriotismo para defendermos nossas riquezas, nosso patrimônio. Como é o caso da Vale do Rio Doce, vendida a preço de banana, dando o lucro que dá, quando o dinheiro poderia ser revertido aos brasileiros. Não tenho o menor receio de dizer: se tivéssemos um Chávez no Brasil, isso não aconteceria. Pois haveria discussão da idéia e conscientização que, paulatinamente, a sociedade vai tomando quanto às grandes questões.

Ao comparar os militares da Venezuela com os outros da América Latina, quais as diferenças que se pode apontar? Como se deu essa reviravolta em que antes apontavam armas para o povo e agora estão junto dele?
Há um consenso, acredito que 70, 80% das forças armadas venezuelanas têm esse pensamento, acreditam no país e se empenham em transformá-lo em uma grande potência, distribuindo melhor a riqueza. Muitos deles costumam dizer que nunca tiveram uma formação impositiva, expansionista, mas sim, de liberação, de defesa da soberania, da nacionalidade. É uma vertente curiosa e característica deles. Dizem que eles estão importando armas para invadir países, o que não passa de balela. É a mesma conversa do Serra quando diz ser o Chávez um candidato a ditador. Vão bater nessa tecla até o piano desafinar, e já está desafinando. Vale lembrar que o armamento é para defender o território, até porque estão ao lado da Colômbia, com suas bases americanas. As forças armadas são, em grande parte, provenientes das camadas mais humildes. Eles consideram-se o povo armado.

No livro há exemplos muito bonitos da integração entre povo e forças armadas. Queria que falasse de alguns.
Um entrevistado do livro, o general González González, me explicou que, além das funções constitucionais, institucionais, das armas, os integrantes do exército chegam a ser procurados para resolver brigas de vizinho. As pessoas entram nos quartéis sem barreira alguma, basta mostrar a identidade, não há desconfiança e vão conversar, expor problemas. Pude sentir o entusiasmo da integração. Mulheres vão aos quartéis querendo aprender a dirigir tanques de guerra, demonstram vontade de defender o país contra uma invasão, citam sempre os estadounidenses.

Tomando como base o que já foi e o que não foi feito na Venezuela, como seria o socialismo ideal para os dias de hoje?
Essa pergunta é muito interessante porque o próprio Chávez firmou a expressão “socialismo do século XXI”. Na verdade, o socialismo entendido na acepção original, nas colocações clássicas, é o sistema que socializa os meios de produção, que passam a pertencer ao Estado e ao povo, o que efetiva uma melhor distribuição da riqueza, ao contrário do capitalismo. A partir daí vem uma série de tentativas de definição. O socialismo com base no conceito clássico deve adaptar-se a cada região onde venha a se instalar, porque as características culturais de cada povo são distintas. No Brasil é possível? Sim. Temos que descobrir qual é a maneira.

Consegue visualizar alguma?
Ainda não. Estamos num momento de fazer a idéia circular. A idéia da possibilidade de alternativas ao capitalismo concentrador. Antes de definir como seria, devemos discutir os caminhos. Chávez começou a discutir o socialismo quando a estrutura estava preparada para isso, não o fez logo em 1999. Muita gente acha que o socialismo é tirar o pouco que tem para dividir com o outro, mas é exatamente o contrário: é aumentar o pouco que existe para poder dividir.

Gostaria que traçasse um paralelo entre o que Chávez representa para um venezuelano rico e um pobre.
Já existe uma parte da classe média, pequenos e médios empresários, que é chavista e compreendeu o projeto. Para a minoria rica, abastada e que sempre viveu da exploração e dos benefícios trazidos pela indústria petrolífera e pelo latifúndio, o Chávez é um grande inimigo. Já para o povo é uma esperança. Ele disse na última semana antes do referendo que a prioridade, a preocupação são os pobres e não os ricos. Esse é o Chávez que polariza a sociedade venezuelana e que, se não houver nenhuma surpresa nos próximos dias, acabou de demonstrar, na prática, ser um democrata.

Olhando para a América Latina, onde mais podemos esperar uma revolução nos mesmos moldes?
A Bolívia tenta caminhar nessa mesma direção com as características que agradam aos bolivianos, de maioria indígena. O Equador também vem dando mostras. A nova Nicarágua do Daniel Ortega. E tudo indica que no Peru e no Paraguai há movimentos nesse sentido também. Pela primeira vez comenta-se que a esquerda paraguaia tem a oportunidade de fazer, no ano que vem, vitorioso um presidente.

Quais as principais dificuldades para a integração militar e econômica para a América Latina? Existe a Alba, por exemplo.
Esse é o lado mais delicado. A integração pode ser dar, mas os interesses de cada país são diferentes. Estamos vivendo e ainda viveremos por alguns anos num sistema competitivo entre homens e nações. Existem questões como a saída da Bolívia para o mar, há uma fábrica construída no Uruguai da qual os argentinos reclamam da poluição, existem problemas de fronteiras entre Venezuela e Colômbia, são várias questões merecedoras de discussão. Uma provável e possível integração militar pode ser um instrumento para chegar às soluções. Mas é complicado, pois a tradição de muitas forças armadas, como a do Brasil, faz com que pareçam não terem saído da Guerra Fria, colocam o mundo bipolarizado entre esquerda e direita, aquela velha tendência de considerar que democracia é igual a capitalismo, e ditadura igual a comunismo.

Ainda nesse raciocínio, como enxerga a entrada da Venezuela no Mercosul?
Acho que a vitória do “não” no referendo selou definitivamente o processo. Porque o argumento que a direita brasileira usava para dizer que Chávez é um candidato a ditador e, portanto, impedido de ingressar no Mercosul, caiu por terra diante do resultado.

Mas o senhor acredita que a oposição e a mídia irão reconhecer dessa forma?
Essa guerra vai continuar. Mas Chávez e a revolução bolivariana, assim como Evo Morales, demonstram ser mais hábeis e inteligentes politicamente do que a direita.

E as mídias alternativas? Como avalia a atuação e a cobertura diante desses movimentos na América Latina?
Elas têm feito um grande esforço. A direita só não conseguiu maiores sucessos nessa área porque a mídia alternativa, mesmo que incipiente em alguns lugares ou sem grande força de penetração, está presente. A Internet, é até lugar-comum dizer isso, está mudando esse panorama. Acontece que o acesso ainda é restrito. Essa mídia tem lutado, tem crescido e pode exercer um papel fundamental na democratização de parte da mídia mais conservadora.

Para encerrar, um sonho de Brasil, de mundo.
Continuo acreditando num mundo que pudesse distribuir melhor a riqueza conseguida, dar melhor condição de vida para a maioria da população. Na prática, significa combater rigorosamente, diariamente a pobreza, a miséria, o analfabetismo, as doenças. Fico revoltado com imagens da África, a população miserável, crianças com moscas sobre o corpo, da mesma maneira que acontece na periferia de São Paulo, muitas vezes igual ou pior. Por que tem que existir um sujeito que mora numa casa de 3 mil metros quadrados com 25 quartos? É um absurdo. Vou morrer defendendo a melhor distribuição da riqueza para o homem. A minha utopia continua sendo essa, se for chamada de socialista, que seja.

Mais alguma coisa a acrescentar?
Gostaria que o livro fosse compreendido naquilo que reputo mais interessante. Ou seja, que possa levantar um conhecimento mínimo do processo bolivariano e da perspectiva que alimento sobre a quebra do preconceito entre civis e militares no Brasil. A proposta é a de conseguir um novo pacto, defensor da soberania brasileira, defensor do interesse nacional.


Fonte: Portal www.carosamigos.com.br

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