Após conversar com as servidoras da Vara do Trabalho de Conselheiro Lafaiete, nesta quinta, 11, as coordenadoras do SITRAEMG Lúcia Maria Bernardes de Freitas e Débora Melo Mansur foram aos dois Cartórios Eleitorais da cidade, onde encerraram essa série de viagens ao interior. Curiosamente, assim como na VT, as mulheres são a maioria esmagadora no local. E, também como em outros locais visitados, os cartórios padecem pela falta de servidores frente ao grande volume de trabalho.
Juntas, a 87ª e 88ª Zonas Eleitorais possuem cerca de 120 mil eleitores – só que há somente cinco servidores do quadro no total. Por isso mesmo, as servidoras cobraram que o TRE-MG cumpra de fato a resolução que estabelece a relação de um servidor para cada 10 mil eleitores (Resolução n. 803 de 03/12/2009 – veja aqui), afim de (tentar) equilibrar a situação. Elas também estão preocupadas com a minuta da Resolução que estabelece “critérios para a uniformização do quantitativo de servidores em exercício nos Cartórios Eleitorais de Minas Gerais”, pois ela pode trazer riscos de redução de servidores no quadro – sobre isso, o SITRAEMG reuniu-se com a diretoria-geral do TRE-MG em 4 de julho, conforme matéria que pode ser lida aqui.
“A distribuição de cidades por cartório também é muito ruim. Alguns cartórios têm poucos servidores para muitas cidades, não temos pessoas nem infra-estrutura para fazer diligências”, reclamaram as servidoras. Pela quantidade reduzida de pessoas no quadro, as servidoras também queixaram-se de dificuldades para tirar férias, licenças e fazer a compensação do banco de horas – além de estarem levando trabalho para casa, atitude que as coordenadoras Lúcia Bernardes e Débora Mansur condenaram fortemente.
A orientação foi a mesma que ambas deram às servidoras do TRT na cidade: pediram para elas se cuidarem, cuidarem da própria saúde, e insistirem em mostrar ao Tribunal que os cartórios do interior precisam de ajuda – e urgente. O SITRAEMG, por sua vez, continuará a cobrar da Justiça Eleitoral mineira que tome providências efetivas para equilibrar a situação entre capital e interior de modo que o trabalho possa fluir sem prejuízos para ninguém.
Participação no Sindicato
As coordenadoras sindicais ainda falaram sobre a importância da participação nas atividades do Sindicato e pediram às servidoras – todas filiadas – que se mantenham informada e não se esqueçam de atualizar seus dados fazendo o recadastramento. Tal qual na Justiça do Trabalho, Lúcia Bernardes também pediu para as servidoras enviarem críticas e sugestões para a entidade.
Janaina Rochido, de Conselheiro Lafaeite