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Vale a pena ver (ou rever) live do Sitraemg que debateu “Assédio moral em tempos de teletrabalho”, nessa terça (18)

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Confira, ao final desse texto, o link da live do Sindicato que debateu, na noite dessa terça-feira (18), o tema “Assédio moral em tempos de teletrabalho”. A gravação também está disponível no canal do Sitraemg no Youtube (AQUI) e no Facebook (facebook.com/sitraemg).

O debate foi conduzido pelo coordenador executivo Nelson Neto e contou com a participação o psicólogo Arthur Lobato, responsável técnico pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) do sindicato, e do administrador Renato Tocchetto, mestre em engenharia de produção e co-autor da Cartilha, Violência, Discriminação e Assédio no Trabalho.

Tocchetto destacou que, nas relações econômicas ditadas pelo modelo neoliberal, em vigor em todo o mundo há quase cinco décadas, o homem é tratado como “homem-empresa”. Toda sua força de trabalho é voltada pra a produtividade. Vendem a lógica de que seguir esse objetivo é a receita inevitável para se atingir o sucesso econômico. Mas aí se questiona: “Será que o sucesso econômico traz sempre os benefícios que se espera?”. Não. Muitos poucos o alcançam e essa frustração deixam as pessoas frágeis, sem perspectivas de futuro, sofridas, doentes. E dentro desse modelo nas organizações, de busca de produtividade e metas, as pessoas ficam suscetíveis ao assédio moral e até mesmo institucional.

O psicólogo Arthur Lobato avaliou como positivo o fato de servidores poderem trabalhar de forma remota nesse momento da pandemia. Muitos trabalhadores não tiveram essa possibilidade e tiveram que se expor ao vírus trabalhando presencialmente ou até mesmo perdendo o emprego. Contudo, o teletrabalho no Judiciário foi instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com a obrigação de alcançar uma produtividade 30% superior à que se exige no trabalho presencial, e sem oferecer qualquer estrutura aos servidores para trabalharem em casa. “Queria que alguém me explicasse porque eu, que trabalho em casa, tenho que produzir mais do que quem está em um escritório”,questionou.

Servidores que acompanharam a live se manifestaram com perguntas sobre essa exploração do teletrabalho, situações de assédio moral no trabalho e o que deve ser feito para se evitar essa prática nas instituições.

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