Mobilizados em mais uma campanha salarial, a categoria avalia que a proposta patronal só interessa à Cemig, porque traz privilégios para os chefes e não considera as reivindicações dos eletricitários. Os trabalhadores da estatal mineira reivindicam aumento real de 10,5%, índice calculado com base no crescimento médio anual do fornecimento de energia por empregado, nos últimos quatro anos, mas a Cemig ofereceu só a inflação. Eles também cobram a realização de concurso público para três mil eletricistas, para a reposição do quadro técnico desfalcado. A empresa disse “não” para essa e mais reivindicações.
Nesses dois dias de paralisação, haverá concentração na sede da Cemig, no bairro Santo Agostinho, a partir das 9 horas. No interior, os grevistas irão se concentrar em vários locais de trabalho.
Leia, a seguir, a íntegra de matéria veiculada pelo Sindieletro/MG (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais e dos Trabalhadores na Indústria de Gás Combustível do Estado de Minas Gerais):
“Trabalhadores da Cemig paralisam atividades por 48 horas
Os trabalhadores da Cemig iniciaram hoje uma paralisação de 48 horas, cobrando a retomada das negociações com a empresa. Em campanha salarial, a categoria avalia que a proposta patronal só interessa à Cemig, porque traz privilégios para os chefes e não considera as reivindicações dos eletricitários.
Em Belo Horizonte, os trabalhadores estarão concentrados na sede da Cemig, no bairro Santo Agostinho, a partir das 9 horas. No interior, os eletricitários também irão se concentrar, em vários locais de trabalho.
A categoria reivindica aumento real de 10,5%, índice calculado com base no crescimento médio anual do fornecimento de energia por empregado, nos últimos quatro anos, mas a Cemig ofereceu só a inflação. Os eletricitários também cobram a realização de concurso público para três mil eletricistas, para a reposição do quadro técnico desfalcado. A empresa disse não para essa e mais reivindicações.
Contrariando as expectativas da categoria para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que reivindica a distribuição linear a título de PLR de um montante de 12% do Resultado Operacional Cemig (ROC), a empresa apresentou uma proposta que privilegia os chefes. Cerca de 80 executivos da Cemig custam R$ 100 milhões por ano.
Vale lembrar que na época em que a PLR foi conquistada, em 1995, os gestores da Cemig não queriam pagar a divisão dos lucros, mas, após a paralisação das atividades e uma greve de fome de dirigentes sindicais do Sindieletro e Sindicato dos Economistas, eles voltaram atrás.”.