O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Roberto Barroso, em pronunciamento na noite deste domingo (28), depois de concluídas as apurações das votações em segundo turno das Eleições Municipais de 2020, deu, na medida exata, a resposta aos disseminadores de fake news que colocavam em dúvida o sistema eleitoral brasileiro.
Ele rebateu categoricamente as acusações de fraude nas urnas eletrônicas e reiterou que elas não são hackeáveis, pelo simples fato de não estarem conectadas em rede. Também lembrou que os programas são inseridos individualmente em cada uma das mais de 400 mil urnas utilizadas nas eleições, e são previamente fiscalizados, conferidos e autenticados por todos os partidos políticos, pelo Ministério Público, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por diversas entidades da sociedade civil. Posteriormente, são lacrados na sala-cofre do Tribunal.
O ministro ainda ressaltou que os resultados são transmitidos por uma rede criptografada, com várias barreiras de segurança, e decodificadas pelos computadores do TSE, e reiterou que o sistema não é fraudável e que nunca foi demonstrada nenhuma intercorrência desde 1996.
Sobre o atraso do TSE na divulgação dos resultados no primeiro turno, bem como a instabilidade verificada no sistema e-Título, Barroso afirmou que nada disso comprometeu a legalidade e a fidedignidade do processo eleitoral. Ele elogiou a ação rápida da Polícia Federal ao identificar, em menos de uma semana, os responsáveis pela tentativa de invasão aos sistemas do TSE.
A segurança do sistema eletrônico, portanto, coloca um ponto final na boataria que tomou conta das redes sociais de pessoas mal intencionadas que passaram a defender o retorno do voto impresso, mesmo depois de verem o quão complexo, complicado e demorado é o processo eleitoral nos Estados Unidos. O país norte-americano ainda mantém esse sistema arcaico de votação, dando margem para que figuras arbitrárias como o atual presidente, Donald Tramp, levantem suspeitas sobre as eleições em que foi democraticamente derrotado e impedido de comandar a nação em um segundo mandato. (Com informações do portal do TSE)
Orientações do SITRAEMG
As fake news, infelizmente, acabam prejudicando sobremaneira o trabalho dos servidores da Justiça Eleitoral, que, com dedicação, empenho e total isenção, procuram realizá-lo unicamente pelo pleno êxito das eleições e do processo democrático. Sabe-se, claramente, que as notícias falsas são disseminadas com o único intuito de confundir o eleitor e obter vantagem, de forma ilícita, para determinados candidatos. E que os questionamentos ao sistema eleitoral brasileiro, que já está mais do que consolidado, visam “plantar” a dúvida entre os próprios eleitores, para justificar questionamentos futuros os resultados das urnas.
Isso posto, o SITRAEMG orienta os servidores do TRE/MG a procurarem não se abalar com tais ataques porque o trabalho que desempenham é reconhecido pela maioria esmagadora da população brasileira e a municiar o eleitorado, sempre que possível, de informações sobre sites e outras publicações que possam instruí-lo e ajudá-lo a se defender das fake news.
Cinco sites de combate às fake news
- Agência Lupa – https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/
- Fato ou Fake – https://g1.globo.com/fato-ou-fake/
- Agência P-ublica – Truco – https://apublica.org/
- E-Farsas – https://www.e-farsas.com/
- Fake Check – http://nilc-fakenews.herokuapp.com/
É também muito importante que os servidores procurem dialogar com os eleitores, orientá-los para não acreditarem de imediato nos boatos que circulam pelas redes sociais e até mesmo pela chamada “imprensa profissional”, buscarem informações, compararem e refletirem sobre elas, conversarem com outras pessoas sobre os candidatos e partidos, para fazerem uma escolha consciente.
