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SITRAEMG visita comunidade dos Arturos

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Nesse último final de semana (18/11), o SITRAEMG promoveu visita a comunidade dos Arturos, quilombo urbano localizado em Contagem-MG. O objetivo foi comemorar o dia da consciência negra, relembrando as lutas quilombolas e as revoltas do povo negro, fundamentais para o fim da escravidão no país.

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Na comunidade, os servidores e seus familiares, foram recepcionados pela rainha do congado, Maria Goretti. De dentro da capela, a quilombola apresentou a programação da visita aos servidores e introduziu como funciona a comunidade. Em seguida,  os servidores se dirigiram  a cozinha comunitária onde foi servido um café com quitandas tradicionais feitas no fogão de barro.

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Cumprindo a programação foi realizada uma roda de conversa para apresentar a história dos Arturos e a resistência da comunidade para manter vivo o quilombo, mesmo diante do estrangulamento provocado pela especulação urbana e o preconceito que ainda vigora em relação aos quilombolas. A roda de conversa se aprofundou sobre a importância do povo negro na construção do identidade brasileira — povos livres trazidos a força para o Brasil para serem escravizados. A luta e resistência dos descendentes de africanos, somado com a pressão do capitalismo europeu, que precisava vender seus produtos industrializados e não tinha como vender num país onde a maioria da população era escravizada e o medo de uma verdadeira insurreição afro-brasileira, levou o partido conservador e o partido liberal a promoverem um pacto, formalizando de forma jurídica-institucional a abolição da escravidão, no dia 13 de maio de 1888. Essa data não é reivindicada pelos Quilombolas. Pois, apesar da abolição, que fará 120 anos no ano que vem, o racismo ainda permanece por falta de políticas públicas de reparação.

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Aproveitando o gancho na roda de conversa, o coordenador geral do SITRAEMG Célio Izidoro falou como as classes dominantes sempre tentam transferir as lutas diretas para a via institucional. Assim, tentam nos convencer a abandonar as lutas contra as reformas em nome das eleições em 2018. “Michel Temer é o inimigo número um do povo negro. Afinal se os ataques causam grandes estragos para a classe trabalhadora em geral, esses mesmos ataques são devastadores para o povo negro. No Brasil os negros recebem os salários mais baixos, estão nos piores lugares, sem acesso a saúde, a educação e ao lazer de qualidade”, afirmou.

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Célio também falou sobre a necessidade de aquilombar o Brasil, reforçando a importância do dia 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares. “Demos um passo importante, realizamos a marcha da periferia em várias cidades brasileiras. É hora de unificar as lutas para derrotar as reformas racistas, do governo Temer e unir explorados e oprimidos para derrotar o governo e seus aliados”, comentou. Segundo o coordenador, só existe uma saída contra os ataques da casa grande, a união dos trabalhadores. Célio finalizou convidando os presentes para participar do ato em defesa do serviço público, no dia 28/11.

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