Sitraemg reitera repúdio à tentativa de Bolsonaro de retorno ao voto impresso para tumultuar o próximo processo eleitoral

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Em nota publicada recentemente neste site (veja AQUI), o Sitraemg expressou seu apoio ao manifesto divulgado pelos servidores da Justiça Eleitoral brasileira em defesa da manutenção da votação eletrônica no país. A atitude do segmento já era uma reação às declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, de que esse sistema de votação não era seguro e que, por isso, seu governo iria atuar junto ao Congresso Nacional pela aprovação de proposição de lei que possibilitasse o retorno do voto impresso.

O TSE e inúmeras outras instituições públicas e da sociedade civil, além de entidades que atuam em defesa da democracia, também já expressaram sustentando que o sistema eletrônico está mais do que consolidado, pois, além de bem mais célere do que o impresso, provou que confere plena segurança e lisura ao processo eleitoral.  O voto impresso, sim, poderá trazer de volta o abominável “voto de cabresto” e fraudes eleitorais.

Mesmo assim, Bolsonaro insiste em continuar disseminando suas dúvidas em suas tradicionais lives semanais e em entrevistas em veículos de imprensa simpáticos ao governo. E repetiu isso no último sábado (10), em mais um passeio de motocicleta junto com seus apoiadores, no Rio Grande do Sul. O mais grave em tudo isso é que já anuncia que não aceitará o resultado nas próximas eleições se elas se derem pelo atual sistema e ele não for o vencedor. Uma demonstração clara de ameaça e de total desrespeito à democracia e a seus concorrentes no futuro processo eleitoral.

Diante disso, o Sitraemg, reiterando seu apoio à indignação dos servidores da Justiça Eleitoral e em defesa da democracia, apoia também os presidentes do TSE, ministro Luiz Roberto Barroso, e do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM/MG),  na posição externada por ambos de total repúdio às sucessivas tentativas do ocupante do Palácio de tumultuar o andamento natural do processo de sucessão na Presidência da República.

O nosso sistema eleitoral eletrônico, desde 1996, vem sendo desenvolvido, organizado e aprimorado, cada vez mais, por nossos servidores concursados da Justiça Eleitoral, podendo ser auditado por todos os partidos políticos, candidatos, Ministério Público e entidades da sociedade civil. Nunca houve prova ou sequer indícios de fraudes nas eleições pelo sistema eletrônico no Brasil. Pelo contrário, o sistema eletrônico de votação trouxe celeridade e segurança ao eleitor, candidatos e partidos. Assim, é inadmissível aceitar que um presidente coloque em dúvida o processo eleitoral, as eleições e um de seus principais pilares que é o estado democrático de direito.

O TSE já exigiu que Bolsonaro apresente as provas do que afirma em relação ao sistema eleitoral. Enquanto não as apresenta, deveria era assumir a linha de frente em ações de combate à Covid-19, agilizando a imunização da população, para evitar que mais mortes continuem a correr e o país não atinja a triste marca de 600 mil óbitos em decorrência do vírus, a persistirem o negacionismo e a omissão do seu governo. E que ele, na condição de chefe maior da nação, venha a público e responda a todas as acusações que estão sendo feitas, na CPI do Senado, de superfaturamento e até mesmo esquemas de corrupção, no Ministério da Saúde, nas negociações para aquisição dos imunizantes.

Esse sim é o papel de um verdadeiro chefe de governo e de Estado.

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