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Sitraemg lança Núcleo de Resistência às Opressões

Encontro marca um passo importante na luta por equidade e inclusão no serviço público
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O Sitraemg realizou, no dia 27 de agosto, terça-feira, o lançamento do Núcleo de Resistência às Opressões, um novo espaço dedicado à promoção da equidade e ao combate às diversas formas de opressão.

O evento, realizado de forma híbrida, contou com a participação presencial de filiados em Belo Horizonte, e também com transmissão online, permitindo maior alcance e inclusão.

A importância do núcleo

O Núcleo Sitraemg de Resistência às Opressões tem como objetivo criar um ambiente de apoio e discussão para temas relacionados à raça, gênero, orientação sexual e deficiência.

Essa iniciativa surge como uma resposta às demandas dos servidores por um espaço em que as suas vozes possam ser ouvidas e suas necessidades atendidas. A criação do núcleo é um passo significativo na busca por justiça social dentro do serviço público.

A coordenadora do Sitraemg Alessandra Matias Barbosa coordenou a mesa de trabalho e destacou a alegria da diretoria do Sindicato em criar este novo espaço, para dar voz e vez a todos e todas.

Durante o lançamento, Carlos Wagner Melo Franco, Coordenador de Finanças do Sitraemg, expressou a emoção de ver concretizado um espaço que representa a resistência às opressões. Ele destacou a importância de fortalecer a voz daqueles que historicamente foram silenciados e de garantir a transformação para uma sociedade mais justa e inclusiva. O Sindicato é o palco adequado para essa luta, e devemos encampar a nobre incumbência de fortalecer a voz e a ação daqueles que historicamente foram silenciados”, afirmou.

Carlos Wagner também destacou a importância de permanecer vigilante frente às ameaças constantes aos direitos conquistados. “Não posso deixar de lembrar que, em um momento recente da nossa política, estivemos à beira de ver todos os progressos alcançados para dar voz e vez à nossa diversidade serem destruídos. Felizmente, essas tentativas fracassaram em 2022. Porém, devemos ficar atentos, pois os esforços para reverter esses avanços ainda persistem, sempre sendo alvo daqueles que buscam o retrocesso.”

Diversidade de perspectivas

O lançamento contou com a participação de conferencistas que compartilharam suas experiências e desafios. Arlete Maria dos Santos, presidente da associação étnica Dandara, abordou a luta das mulheres negras no cenário político e as dificuldades que enfrentam devido ao racismo e à discriminação. “Somos frequentemente excluídas de cargos de liderança, não por falta de competência, mas devido ao preconceito”, ressaltou Arlete.

Por sua vez, Ricardo de Azevedo Soares, dirigente do Sisejufe-RJ, relatou as dificuldades enfrentadas por servidores com deficiência no ambiente laboral, enfatizando a falta de recursos e apoio. “A luta que iniciamos tem como objetivo promover a diversidade e mostrar que a solidariedade e o amor são essenciais para enfrentar o preconceito”, disse Ricardo.

Mulheres na linha de frente

A representante do Sintrajud, Isabella Gonçalves Leal, destacou o machismo presente em diversos espaços, inclusive nos sindicais, e a importância de garantir que as mulheres tenham voz e sejam bem representadas. Ela também enfatizou como a questão de gênero é influenciada por fatores raciais e de deficiência, ressaltando a necessidade de ocupar esses espaços para promover a equidade.

Luciana Martins Carneiro, representante do Coletivo de Mulheres do Sintrajud/SP e coordenadora da Fenajufe, alertou sobre a recente aprovação pela Câmara dos Deputados de um projeto que reduz o financiamento de campanhas para candidatos pretos e mulheres.

Ela alertou que, em um cenário político dominado pela extrema direita, direitos historicamente conquistados estão sob ameaça. “Se hoje temos direitos como a garantia de candidaturas de mulheres, é graças à luta das mulheres ao longo do tempo.”

Luciana enfatizou a necessidade de resistência contínua e de que as pautas das mulheres da classe trabalhadora estejam no centro das discussões, reiterando a importância da solidariedade e da inclusão do feminismo no debate sindical.

Compromisso com a inclusão

O coordenador do Sitraemg, Fernando Neves, reforçou o compromisso do sindicato em continuar promovendo a diversidade e a inclusão, anunciando que o próximo encontro do Núcleo será realizado em um espaço maior, com a presença de mais palestrantes e oportunidades de diálogo.

“O que está faltando na sociedade é a solidariedade, o amor e a compreensão de que cada pessoa ao nosso lado, mesmo sendo diferente, é um ser humano com valor”, finalizou.

Também estiveram presentes os coordenadores do Sitraemg David Landau e Carlos Nazareno da Silva Coutinho.

Assista ao vídeo do lançamento

Assessoria de Comunicação
Sitraemg

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