O Sitraemg marcou presença no ato público em defesa das universidades federais, institutos federais e Cefets, realizado na quinta-feira, 9 de maio, na Praça Sete, em Belo Horizonte.
Os coordenadores do sindicato Joana D”Darc Guimarães e Alexandre Brandi estiveram na manifestação, ao lado dos técnicos-administrativos dessas instituições.
A atividade, organizada pela Fasubra Sindical, SINASEFE e Andes, repetiu-se em várias capitais e outras grandes cidades do País, dentro da programação do Dia Nacional de Luta em Defesa dessas instituições federais de ensino.
O objetivo, segundo o Andes, sindicato dos docentes do ensino superior, é dialogar com a população sobre a crise orçamentária dos IFEs, a importância do fim das intervenções nas universidades e cobrar a paridade entre ativos/as e aposentados/as nas negociações com o governo.
Não à PEC 32 e à voracidade do centrão
Eu sua fala direcionada à população, Joana D’Arc Guimarães convocou os belo-horizontinos a se unirem na luta em defesa dos serviços públicos.
Nessa perspectiva, ela lamentou a defasagem salarial contra a qual os servidores federais da Educação estão passando.
Alertou, contudo, que essa perseguição aos serviços públicos e ao funcionalismo é fruto da prática do fisiologismo no Congresso Nacional imposta pelos parlamentares do chamado “centrão”. Explicou que uma centena deles, de partidos também fisiológicos, ditam as pautas da Casa, articulando-se pela aprovação de matérias favoráveis ao mercado financeiro e voltadas ao desmonte do Estado. Além disso, vendem caro seus votos ao governo, em troca de emendas em favor de si mesmos e de seus respectivos nichos políticos.
A coordenadora do Sitraemg apontou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PL/AL), como a maior expressão do centrão no momento, e alertou que ele está determinado a retomar a tramitação da PEC 32/2020, da reforma administrativa.
Joana D’Arc Guimarães salientou que a proposição, que está parada na Câmara desde 2021, graças à forte mobilização dos servidores, visa privatizar de vez os serviços hoje disponibilizados gratuitamente para a população.
“Não vamos recuar frente à ambição dos usurpadores dos nossos direitos. Vamos dizer não à reforma administrativa e à ganância desses falsos representantes do povo que sugam os recursos da saúde, da educação, da justiça e da segurança do nosso país”, conclamou.
“Fora Zema!”
Ela também saiu em defesa dos servidores da educação e dos demais setores públicos do estado de Minas Gerais. Lembrando que o “Fora Zema” é também uma bandeira dos servidores do Judiciário Federal, denunciou que o governador Romeu Zema insiste em conceder apenas 3,62% de reajuste ao funcionalismo estadual, percentual bem inferior aos índices da inflação. Por outro lado, busca beneficiar alguns setores inescrupulosos do empresariado com a redução significativa de impostos.
Acrescentou que Romeu Zema quer ainda mais. Está determinado a entregar “de bandeja” estatais do porte da Cemig e da Copasa, de grande importância para o estado e para o povo mineiro. “Fora Zema!”, concluiu.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg