Acompanhe o Sitraemg nas redes sociais

Sitraemg discute com DG do TRT-3 problemas de lentidão da plataforma AUD4

Compartilhe

O Sitraemg reuniu-se na quarta-feira (9) com o diretor-geral do TRT3, Carlos Athaide Viegas Valadares.

O assunto debatido foi o AUD4, sistema eletrônico utilizado nas audiências da Justiça do Trabalho. O funcionamento lento dessa plataforma tem sido reclamado por servidores.

A reunião foi virtual. O sindicato foi representado pelo coordenador Alexandre Magnus. E como convidados da entidade, também participaram os filiados Felipe Rocha, Patrícia Ribeiro e Mariani Vieira Salgado Fernandes. Os três são secretários de audiências, segmento que mais tem se queixado desses problemas.

Relatos dos servidores

O servidor Felipe Rocha afirmou que vem encontrando dificuldades com o sistema desde o final do ano passado. A evidência dessa insatisfação, exemplificou, é um abaixo-assinado com queixas sobre o problema subscrito por 132 servidores que exercem a função. “O objetivo principal, pelo menos por ora, é que não haja a imposição do Tribunal pelo uso obrigatório da plataforma antes do ‘refinamento’ do sistema”, pediu.

O delay (atraso) apresentado no processamento do sistema, segundo a servidora Patrícia Ribeiro, praticamente inviabiliza o seu uso. Prejudica bastante as audiências, sobretudo aquelas que requerem longos depoimentos das partes e de testemunhas. “Trata-se de um problema do próprio sistema. Não está relacionado à qualidade de conexão da internet ou do processador/memória do computador”, salientou.

A servidora Mariani Vieira disse reconhecer a importância do sistema e as melhorias que ele trouxe em relação à plataforma anterior, o AUD3. Contudo, reforçou que o delay compromete bastante o trabalho dos secretários nas audiências. “O delay que acontece ao digitar, ocorre também na minutagem dos depoimentos e temas das gravações das audiências”, pontuou.

Ela ponderou que, a “apesar de ser um programa mais moderno, (o AUD4) não tem algumas funcionalidades que o AUD3 tem”. E defendeu que defendeu que os problemas com o atual sistema sejam resolvidos o mais rápido possível, antes que se torne maior quando chegar à segunda instância.

Não há determinação para o uso obrigatório do sistema

O coordenador Alexandre Magnus acrescentou que magistrados e jurisdicionados também têm reclamado dificuldades com o AUD4. E argumentou que não há nenhuma portaria ou regulamento do Tribunal ou do CSJT determinando a obrigatoriedade do uso desse sistema.

Calculista, lembrou que os servidores que exercem essa função conseguiram êxito junto ao CSJT no pleito deles em relação ao PJe-Calc. O Conselho prorrogou a obrigatoriedade do uso dessa plataforma até que ele se tornasse mais prático para o trabalho. “No caso do AUD 4, ainda não há de forma oficial a obrigatoriedade do uso”, reforçou.

Busca de melhorias e possível retorno temporário a plataforma anterior

Depois de ouvir atentamente os servidores, o diretor-geral afirmou que agendará uma reunião com a direção judiciária do Tribunal para dialogarem sobre a questão. Disse, também, que fará uma “ponte” com o coordenador nacional do PJe, juiz Luiz Evaristo Osório Barbosa, com vistas a buscar as soluções.

“A busca dessas soluções é necessária porque o uso do programa é inevitável, e não podemos simplesmente nos rebelar e deixar de usar o AUD4”, defendeu.

Solicitou que, antes, os secretários de audiências presentes na reunião lhe enviem, por escrito, os problemas por eles apontados e eventuais sugestões.

O DG observou, ainda, que, caso haja inviabilidade completa no uso do AUD4, principalmente em relação aos delays relatados, a solução poderá utilizar a plataforma antiga (AUD 3) .

Avaliação do Sitraemg

Na avaliação do coordenador do Sitraemg, o diretor-geral do Tribunal foi bastante receptivo às reivindicações apresentadas.

“Embora nos tenha dito que não tem o poder de adiar ou impedir a utilização do AUD4, ele nos incentivou a dialogar com o setor responsável pela melhoria do programa, até para que fiquem cientes das dificuldades práticas na utilização da plataforma”, analisa.

Assessoria de Comunicação
SITRAEMG

Compartilhe

Veja também

Pessoas que acessaram este conteúdo também estão vendo

Busca

Notícias por Data

Por Data

Notícias por Categorias

Categorias

Postagens recentes

Nuvem de Tags