Bastante preocupado com os rumos das sucessivas políticas de governo voltadas para um desamparo cada vez maior da classe trabalhadora, com a aprovação da lei das terceirizações sem limites, da reforma trabalhista e da Emenda Constitucional 95, que determinou o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, inclusive da Justiça do Trabalho, o SITRAEMG manifesta sua indignação com a possível extinção do Ministério do Trabalho e Emprego, a partir do próximo ano, cuja intenção foi expressada na semana passada pelo presidente da República recém-eleito, Jair Bolsonaro. Trata-se de um órgão quase centenário, posto criado há 88 anos, e que historicamente tem desempenhado o importante papel de propor diretrizes para geração de emprego e renda e fiscalizar as relações trabalhistas no Brasil, investigando denúncias de trabalho escravo e infantil e o cumprimento da legislação por parte das empresas. Nesse mesmo sentido, o Sindicato se solidariza com os servidores do MTe, dividindo com os mesmos a revolta não só pelo possível fim do um órgão, mas também pela ameaça concreta de virem a perder seus empregos em decorrência da medida.
Isto posto, o SITRAEMG se irmana aos servidores do MTe nessa luta e, já abraçando essa bandeira, informa que estará presente no Ato Público Contra a Extinção do Ministério do Trabalho que está sendo convocado para esta quarta-feira, 14 de novembro, às 10 horas da manhã, na Superintendência Regional do Trabalho em Belo Horizonte (Rua Tamoios, 596), e conclama os servidores do Judiciário Federal a também fazerem um esforço e estarem presentes.
São os servidores e trabalhadores da iniciativa privada caminhando juntos nas lutas contra as políticas de governo de desmonte do serviço público e prejudiciais à classe trabalhadora.