O diretor regional do Sitraemg Helvécio Moreira buscou dialogar com os servidores do Judiciário Federal em Uberlândia na quarta-feira (23), dia nacional de paralisação dos servidores federais.
Ele visitou os colegas em trabalho presencial do foro trabalhista, da Subseção da Justiça Federal e da Justiça Eleitoral.
Nos contatos, o sindicalista falou sobre a pauta defendida pelos servidores do Judiciário Federal em Minas na paralisação e outras questões pertinentes à categoria.
Sobre a recomposição salarial de 19,99%, explicou que o índice cobre apenas a inflação acumulada no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021. “Está bem distante de recuperar a defasagem salarial da categoria, que vem desde 2016”, disse.
O pleito do nível superior dos técnicos judiciários, informou, visa diminuir o “fosso” salarial existente entres estes e os analistas judiciários. E opinou que atualização da indenização de transporte dos oficiais de justiça é necessária e urgente.
Quanto à Resolução 439/2022, do Conselho Nacional de Justiça, que autoriza os tribunais a instituírem programas de “residência jurídica”, o coordenador regional do Sitraemg alertou os colegas que a norma é uma ameaça aos quadros de servidores. “Se implementada, permitirá a contratação precária e temporária de pós-graduandos em Direito para realizarem atividades exercidas pelos servidores efetivos e qualificados”, destacou.
Em relação à incorporação da GAJ ao vencimento básico, Helvécio Moreira esclareceu que a vitória obtida pelo sindicato favorece os servidores da Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral. A entidade está buscando garantir esse direito também para os colegas da Justiça do Trabalho e da Justiça Militar.
A respeito do retorno de 100% dos servidores ao trabalho presencial, afirmou que a determinação dos tribunais é insegura no momento. Os riscos de contaminação pela pandemia, advertiu, ainda são relevantes.
Outras questões
No contato com os colegas, o coordenador criticou a forma como está sendo regulamentado o teletrabalho nos tribunais. Também protestou contra a Ordem de Serviço nº 01/2022, do TRT3, que estabeleceu novos critérios para lotação e movimentação dos servidores. Segundo ele, o ato do Tribunal abre a possibilidade de impor a remoção do servidor sob o pretexto de equalizar sua força de trabalho.
União dos servidores e fortalecimento das lutas e da categoria
O coordenador do Sitraemg, aproveitou a oportunidade para convidar os colegas a se filiarem e a participarem com mais frequência das lutas e das atividades do sindicato.
Helvécio Moreira lamentou o atual de desagregação e desunião da categoria. Atribuiu essa situação ao reflexo da polarização da política nacional dos últimos anos e ao distanciamento dos servidores imposto pela pandemia e pelo teletrabalho. E defendeu a necessidade de a categoria voltar a se unir e recuperar a força de luta demonstrada tantas vezes em sua história, como na greve de 2015 em defesa da reposição salarial.
Assessoria de Comunicação
SITRAEMG