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SITRAEMG cobra justiça já para os crimes ambientais de Brumadinho e Mariana

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Sempre na linha de frente das lutas em defesa dos direitos da categoria que representa, o SITRAEMG também procura estar sempre ao lado da população nas batalhas pela garantia dos seus direitos coletivos e individuais, pela preservação do meio ambiente e pela soberania nacional. Foto: Presidência da República/Divulgação.

Dentro desse propósito, engajou-se de forma determinada nas campanhas que foram deflagradas recentemente em consequência do rompimento das barragens de Fundão e Santarém, da mineradora Samarco, controlada pela Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, ocorrido em 5 de novembro de 2015 – considerado o maior crime ambiental da história do Brasil e que deixou 19 mortos e centenas de desabrigados, além de comprometer o rio Doce.

Primeiro, em amparo às vítimas, o SITRAEMG difundiu os apelos pela doação de água para as populações das regiões ribeirinhas dos rios atingidos pela lama tóxica oriunda das barragens; segundo, cobrou das autoridades apuração e punição dos responsáveis pelo crime ambiental; terceiro, também reforçou essa cobrança de providências, percorrendo as regiões devastadas, desde Resplendor, uma das últimas cidades mineiras das margens do rio Doce antes de chegar ao estado do Espírito Santo, até Bento Rodrigues, distrito de Mariana onde teve início o cenário de destruição.

Com se constata, a Vale não aprendeu a lição. Ainda sem ter tomado as providências pela indenização das vítimas de 2015, pela reconstrução de Bento Rodrigues e pela reparação dos danos ambientais causados pelo crime de Mariana, acaba de cometer outro crime, de proporções ainda piores em termos de perdas humanas, na barragem da Mina do Feijão, no município de Brumadinho, localizado a cerca de 150 quilômetros de Mariana. Até a manhã desta segunda-feira (28/01), já eram registrados 58 mortos e pelo menos 305 desaparecidos, o que pode indicar, ao final, um número bem superior de vidas humanas perdidas.

Isto posto, o SITRAEMG se propõe a se engajar em mais essa luta, buscando ajudar de alguma forma as vítimas, mas também cobrando providências urgentes da Vale, pelo acolhimento e assistência total aos feridos e às famílias que perderam seus entes queridos, e  dos governos e legislativos estadual e federal, do Poder Judiciário e do Ministério Público, para que haja apuração e a punição devida, e para que crimes ambientais como esse, o de Mariana e tantos outros registrados no passado, não aconteçam mais.

Existem mais de 500 barragens em Minas, e muitas delas já comprometidas e correndo o risco de virem abaixo a qualquer momento. Cabe, pois, a nós, sindicatos, centrais sindicais, associações, movimentos sociais e estudantis e demais entidades da sociedade civil, nos unir e exigirmos das nossas autoridades que deem um basta a essa situação. Que deem fim aos crimes ambientais cometidos em razão da irresponsabilidade das empresas do setor, que só visam ao lucro, e omissão das autoridades, muitas vezes em troca do silêncio garantido por robustas doações para campanhas em períodos eleitorais.

O SITRAEMG também repudia a forma de cobertura dedicada pela imprensa brasileira ao rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho. Com medo de perder as vultuosas quantias de patrocínio que recebe da Vale e outras mineradoras poderosas, a imprensa, ignorando a inteligência da população, insiste em tratar como “catástrofe” ou “tragédia” esses crimes ambientais.

Justiça já!

Histórico da atuação do SITRAEMG em razão do crime ambiental de Mariana:

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