Os trabalhadores da Cemig estão em greve desde a segunda-feira, dia 20 de novembro. Os eletricitários cobram da direção da empresa uma negociação efetiva para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho, sem a retirada de direitos.
A greve também é para que a Cemig, maior estatal de Minas Gerais, continue sendo empresa pública. Para barrar o plano do governador Romeu Zema de vender a Companhia, que presta serviço essencial para a população e sempre foi sinônimo de eficiência e lucratividade, os eletricitários mantém a campanha permanente “Cemig: esse “trem” é nosso!”
O coordenador do Sitraemg, David Landau, ressalta a importância do movimento liderado pelos eletricitários. “Privatizar a eletricidade é colocar a vida da população sob o interesse do lucro, e muitas vezes, na mão de delinquentes. A Eletrobrás foi comprada por aqueles que estavam à frente do maior rombo dos últimos tempos, o das Americanas,” afirma.
Landau destaca que são vários os casos no mundo, em que empresas de energia, depois de privatizadas, chantageiam governos a dar benefícios e recursos sob ameaça de deixar a região abrangida por ela nos caos.
“Um exemplo claro das consequências da privatização é o que vemos em São Paulo, onde a empresa italiana (Enel) demitiu 36% dos funcionários para depois deixar a maior cidade da América Latina, e maior polo industrial, sem energia por quatro dias,” cita.
Intransigência
Num contexto de assédios, adoecimentos e mortes por acidente de trabalho, os trabalhadores também estão em luta pelo plano de saúde para ativos e aposentados e pela construção de uma política de preservação da vida, saúde e segurança.
A direção do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais, Sindieletro-MG, explica que, após longas e exaustivas reuniões, a direção da Cemig apresentou uma “contra pauta” para as entidades sindicais.
O documento da empresa, afirmam os dirigentes, não contempla nenhum dos 46 itens da pauta de reivindicações aprovada pela categoria e nem o que foi debatido em mesa . A direção da empresa não respondeu sequer as cláusulas de saúde e segurança, que têm investimento simbólico e baixo impacto no orçamento.
(Com informações da Assessoria de Comunicação | Sindieletro/MG)
Leia mais
Assessoria de Comunicação
Sitraemg