SITRAEMG apóia Ato Unificado pelo Centenário do 8 de Março, em Belo Horizonte

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O SITRAEMG, por meio de sua diretora Etur Zehuri, participou na tarde de hoje, 8, do Ato Unificado pelo Centenário do 8 de Março, evento cuja abertura e concentração aconteceram na Praça da Assembleia, em Belo Horizonte, entre 13h e 14h. Junto com Etur, a aposentada Regina Monteiro de Barros, membro do Núcleo de Aposentados do SITRAEMG também compareceu para apoiar a mobilização de centenas de mulheres e militantes das 56 entidades participantes do ato. O evento prosseguiria com marcha pela cidade em direção ao centro, a partir das 14 horas, culminando com manifestações políticas e culturais na Praça Sete de Setembro, a partir das 16h30.

Já há muito tempo, o Dia Internacional da Mulher não é mais lembrado somente com flores e cartões cor-de-rosa. O dia 8 de março na atualidade é data de atos públicos, marchas e lutas para lembrar que, apesar do que já foi conquistado, muito ainda é necessário para que a mulher seja, efetivamente, respeitada com cidadã. Isso foi enfatizado todo o tempo nas faixas, cartazes e cruzes de madeira carregadas pelas manifestantes denunciando a violência contra a mulher que, infelizmente, tem destacado Minas no cenário nacional – especialmente depois do assassinato à queima-roupa da cabeleireira Maria Islane de Morais pelo ex-marido em janeiro deste ano, mesmo depois de 8 denúncias às autoridades.

Etur Zehuri destacou a participação do Sindicato no ato como sendo “uma forma de, dentro da política, da ideologia desta gestão [do Sindicato] dar um apoio ao movimento das mulheres no centenário do dia 8 de Março”, dizendo, também, que essa participação tem uma simbologia muito mais forte do que distribuir brindes entre as filiadas. A organizadora do evento, Ivone Mendes, é membro do Movimento Popular das Mulheres e da União Brasileira de Mulheres – UBM/MG. Do alto do carro de som, ela alertou a multidão para a importância da imediata implantação do Juizado de Atendimento à Mulher Vítima da Violência Doméstica e da melhoria no funcionamento do CIM – Centro Integrado da Mulher. Em entrevista ao SITRAEMG, Ivone disse que espera que o ato tenha mais impacto e visibilidade este ano, já que são muitos movimentos reunidos.

Manifesto e documentos

Um Manifesto com demandas das mulheres nos campos social, político e econômico circulou na internet por ocasião da divulgação do ato e também foi distribuido durante a concentração da marcha. Nele, elas reforçam o comprometimento da luta em prol da “igualdade de gênero e contra toda e qualquer forma de violência à mulher” e expressam a indignação com a violência urbana e doméstica contra a mulher. O manifesto também denuncia que “o Brasil continua um país patriarcal, machista, sexista, racista, homofóbico e fundamentalista, onde as desigualdades socioeconômicas afetam predominantemente o gênero feminino, tendo como agravantes sua cor, raça, etnia, classe, crença e orientação sexual e onde o índice de agressões físicas contra mulheres já ultrapassa os dados anteriores de 4 mulheres por minuto” e presta apoio ao 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, o PNDH-3.

Dentre as demandas, estão três que se transformaram em documentos que serão entregues nas paradas feitas em órgãos públicos na capital durante a marcha que terminará na Praça Sete, no centro da cidade. O Ministério Público recebeu um documento sobre a questão da violência, pedindo mais rigor na aplicação da Lei Maria da Penha e a implantação do Juizado de Atendimento à Mulher Vítima da Violência Doméstica; o Banco Central, um a respeito de trabalho, reivindicando a redução da jornada sem perda salarial, o pleno emprego e a igualdade de salários para homens e mulheres que ocupem o mesmo cargo; e, na Prefeitura de Belo Horizonte, o documento entregue pleiteou a aplicação imediata da Licença Maternidade Obrigatória de seis meses para todas as trabalhadoras, mesmo as do setor informal.

Faixa lembrou o Centenário da data e trouxe eixos de luta do movimento. (Foto: Erinei Lima)
Faixa lembrou o Centenário da data e trouxe eixos de luta do movimento. (Foto: Erinei Lima)
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