Setorial no TRE: construção da “unidade” é de fundamental importância

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Este é o recado de dirigentes sindicais e servidores que participaram hoje, 13, da Assembleia Setorial no TRE-MG, aos demais colegas do Judiciário mineiro. A reunião foi realizada na sala Terra, do Tribunal, à Avenida Prudente de Morais, 280, Cidade Jardim, que contou com a participação dos coordenadores do SITRAEMG Adriana Corrêa Valentino, Lúcia Bernardes de Freitas, Artalide Lopes e Paulo Márcio dos Santos.

Comum nas falas dos diretores e servidores, a “união da categoria” é elemento fundamental neste período crítico que o Judiciário vive, lutando contra a intransigência do governo Dilma Rousseff pela concessão do reajuste salarial – PL 6613/09.

O servidor Jair Lemos, defensor da forma de subsídio como remuneração, alertou que a categoria deve radicalizar-se. “Unir a categoria e fazer a greve independente do consentimento da administração da Casa”, disse Jair, sabendo que os servidores grevistas poderão ser retaliados sim, pois, em sua avaliação, a situação é como na iniciativa privada e existe a relação patrão e empregado. “Os requisitados trabalham e suprem o nosso trabalho, por isso temos que pensar e radicalizar o movimento frente à imposição de Dilma”, concluiu. Sobre retaliações, vários servidores presentes disseram acreditar que a administração do Tribunal tem feito retaliações sim, com os servidores grevistas. Na oportunidade, o coordenador sindical Paulo Márcio disse que o momento é oportuno para os servidores do TRE manifestarem seus sentimentos, uma vez que está sendo realizada, nesta semana, pesquisa de clima organizacional no Tribunal.

A respeito das formas de remuneração, PCS ou subsídio, que sempre são discutidas em assembleias, Adriana Valentino disse que essa divisão dentro da categoria só atrapalha e divide a categoria. A respeito da greve, a coordenadora sindical frisou que ela nunca será consentida, mas que os servidores não podem deixar de lutar.  A servidora Vilma Lourenço, em seu pronunciamento, disse que o problema não é a forma de remuneração e sim, o extremismo do governo. “Não devemos brigar por formas de remunerações, mas sim, contra o governo”, destacou. A também coordenadora sindical Lúcia Bernardes destacou a necessidade de conscientizar os servidores novatos da importância de lutarem pelo PCS. Na oportunidade, ela citou a insatisfação dos juízes que recebem pela forma de subsídio.

Alzira Auxiliadora Santos, também servidora do TRE, disse que a luta da categoria está muito fraca e que as pessoas estão alienadas e não querem lutar. “Precisamos de mais ação e menos críticas”, disse. Dividindo a opinião de Alzira, e chamando para a luta, que é de todos, Lúcia Bernardes disse que o governo quer congelar os salários e contatar terceirizados, precarizando assim, os trabalhos do Judiciário. Em seguida, Lúcia leu para os presentes ofício do TRE-GO (veja aqui, em matéria no site deste Tribunal), enviado aos Juízes Eleitorais, ameaçando o direito de greve. Nele, pede-se pelo cumprimento da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que deve ser mantido no trabalho, durante a greve, 80% dos servidores.

Em seguida, a coordenadora pediu a reflexão dos colegas para a decisão que deve ser tomada amanhã, 14, durante assembleia e ato público na Justiça Federal (Av. Álvares Cabral, 1741), acerca dos próximos passos a serem dados em defesa do PCS.

Ao término do encontro, ficou acertado pela proposta, a ser apresentada amanhã, da criação de um comando de greve em Minas a fim de fortalecer o movimento entre a categoria.

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