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Servidores no Dia Nacional de Lutas denunciam “enrolação” do Governo Federal com negociações

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Coordenadores e colaboradores do SITRAEMG compareceram ao ato e mostraram que os servidores do Judiciário também estão fartos do descaso do governo (Foto: Janaina Rochido)

Servidores de diversas categorias do funcionalismo público federal reuniram-se na manhã desta quinta-feira, 17 de maio, em frente à Sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Centro de Belo Horizonte, para marcar o Dia Nacional de Lutas e mostrar ao governo Dilma que não estão mais dispostos a aguentar as constantes estratégias da União para enrolar os servidores e impor uma política de arrocho e retirada de direitos dos trabalhadores.

O ato foi organizado pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal – CONDSEF, junto com o Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal no Estado de Minas Gerais – SINDSEP-MG. Na ocasião, os manifestantes distribuíram bananas, abacaxis, jilós, cebolas e pepinos à população junto a uma carta aberta explicando os motivos do protesto, mostrando o que o governo tem de fato dado a essas categorias. O SITRAEMG foi representado pelos coordenadores Hebe-Del Kader Bicalho, Lúcia Maria Bernardes de Freitas, Débora Melo Mansur, Artalide Lopes Cunha e Hélio Ferreira Diogo.

O diretor da CONDSEF, Rogério Antônio Expedito, e a diretora do SINDSEP-MG, Maria Aparecida Guimarães, mostram o que o governo reservou para os servidores: uma "banana" e um "abacaxi para descascarem" (Foto: Janaina Rochido)

O ato também contou com a presença de servidores dos Ministérios do Trabalho, Agricultura, Saúde/Funasa, Fazenda, Incra, Forças Armadas (Exército e Aeronáutica), CNEN,  Secretaria de Patrimônio da União (SPU), além de representantes da CUT/MG. Em comum, todos criticaram a publicidade dada pela mídia à Medida Provisória 568, que tratava de reajustes para algumas categorias do funcionalismo. Os servidores, ao microfone, esclareceram que não foi bem assim: a medida, na verdade, prevê reajustes de poucos reais e apenas àqueles que obtiverem 100% de aproveitamento na avaliação de desempenho.

Os participantes também denunciaram o descaso que os órgãos públicos têm sofrido – falta de funcionários, estruturas precárias, benefícios (como o auxílio-alimentação) defasados e entraves nas negociações salariais são só alguns itens citados. “O governo vai à TV falar bem de seus ministérios, mas não valoriza seu próprio servidor”, afirmaram Rogério Antônio Expedito, diretor da CONDSEF e Maria Aparecida Guimarães, diretora do SINDSEP-MG.

Lutas e decepções são as mesmas

Hebe-Del Kader, coordenador-geral do SITRAEMG, ressaltou que os servidores do poder público federal estão na mesma luta e que é preciso buscar a valorização do servidor e do serviço público. “Estamos passando pelas mesmas dificuldades dos colegas do Executivo – devemos estar unidos e esperamos que, a partir dessa mobilização, possamos conseguir a negociação com o governo federal”, disse Hebe-Del, lembrando as dificuldades dos servidores do Judiciário no que tange à negociação do PCS (PL 6613/2009, parado na Comissão de Finanças e Tributação – CFT).

A aposentada do Ministério da Defesa, Maria Adelina Bráz, foi ao microfone defender os direitos dos servidores inativos. Ela chamou a atenção para a falta de políticas do governo para os aposentados do setor público e ressaltou a necessidade de todos abraçarem a causa dos trabalhadores em conjunto, pois o futuro de todos é a aposentadoria. “Precisamos recuperar o orgulho de ser servidor público – o governo nos prejudica porque estamos separados”, criticou a aposentada.

Os trabalhadores estão decepcionados com o governo Dilma Rousseff, conforme depoimento da coordenadora-geral Lúcia Bernardes. “Esperávamos tanto desse governo e não conseguimos nada. Esse foi, talvez, o pior governo para o trabalhador”, lamentou Lúcia, que, junto à coordenadora Débora Mansur, também falou a respeito do crescente adoecimento dos servidores do Judiciário. Débora, inclusive, também fez questão de frisar a importância de não dar ouvidos à mídia, que denigre o serviço público como se fosse algo ineficiente e oneroso – “é preciso que a população procure saber o que cada órgão faz, para que possamos dialogar com a sociedade”, sugeriu a sindicalista.

Com informações do SINDSEP-MG

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