O Dia Nacional de Mobilização pelo Plano de Carreira foi marcado por greve da categoria, em Minas Gerais, e atos públicos na capital e no interior.
Em Belo Horizonte, a concentração em frente ao Fórum da Justiça do Trabalho reuniu cerca de 200 servidores. Em uníssono, todos gritaram “Plano de carreira, já!” e “Greve já!”, cobrando do ministro Luiz Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o envio do texto do anteprojeto, construído e aprovado pela categoria, em âmbito nacional, e protocolado na Suprema Corte em dezembro de 2023.

Em Juiz de Fora, a manifestação dos servidores dos quatro ramos do Judiciário Federal foi realizada, também, em frente ao fórum trabalhista local. “Se tem dinheiro para a licença compensatória para a magistratura, tem que ter dinheiro, também, para o servidor”, provocou o coordenador-geral do Sitraemg e coordenador-executivo da Fenajufe, Alexandre Magnus, referindo-se ao controle da magistratura sobre o orçamento do Judiciário da União.

“Plano de carreira já”, gritaram, também em coro, os servidores presentes. “Só com greve a gente vai ser visto e lembrado pelas cúpulas do STF e do CNJ”, completou Magnus.
O ato de Montes Claros foi realizado em frente ao prédio da Justiça Federal.

Já em Monte Azul, no Norte do estado, a concentração ocorreu em frente à Justiça do Trabalho.

O Dia Mobilização integra o calendário nacional de mobilização pelo Plano de Carreira aprovado pela categoria no 12º Congrejufe, e inclui o indicativo de greve nacional para o período de 30 de junho a 4 de julho.
Intensificação da mobilização e união da categoria
No ato realizado em Belo Horizonte, os participantes lembraram que já se passaram mais de 500 dias desde que o anteprojeto de estruturação da carreira foi protocolado no STF. Enquanto ignoram a proposta da categoria, as cúpulas do Judiciário já aprovaram penduricalhos como a licença compensatória e o retorno o quinquênio para os magistrados.
Veja o álbum de fotos do ato em BH:
Diante dessa realidade, todos os que falaram ao microfone alertaram que a única maneira de convencer essas cúpulas a democratizarem o orçamento do Judiciário Federal e darem prosseguimento ao anteprojeto é com a intensificação da mobilização e greve. “Vamos ter mais paralisações até conseguirmos o nosso objetivo” ressaltou o coordenador do Sitraemg Nelson da Costa Santos Neto. “Vamos construir a greve para 30 de junho”, convocou o coordenador do Sitraemg e da Fenajufe David Landau.
Para que a luta alcance êxito, advertiram outros, é necessária a construção da unidade da categoria. “Precisamos criar o consenso e unificar todos os nossos movimentos, para que a luta seja reforçada”, defendeu o coordenador-geral do sindicato Fernando Neves. “Vamos chamar mais colegas para aderirem ao movimento e para participarem das caravanas a Brasília”, conclamou o coordenador do sindicato Enilson Fonseca.
Abraço à proposta aprovada pela categoria
David Landau e a coordenadora do Sintrajud Isabella Leal ressaltaram a importância do abraço de todos à proposta aprovada nacionalmente pela categoria.
A filiada do sindicato e coordenadora da Fenajufe Nélia Vânia de Matos alertou que o texto contempla todos os segmentos, mesma linha defendida pela colega de Diretoria na entidade nacional, Juliana Rick.
A coordenadora-geral do Sitraemg e coordenadora da Federação, Eliana Leocádia, lembrou que é preciso acabar com o abismo salarial existente entre técnicos e analistas, que vem desde que foi retirada a sobreposição dos primeiros, e com a contribuição previdenciária dos aposentados, que já dura 22 anos.
O coordenador do Sitraemg da Fenajufe David Landau fez questão de registrar a postura “antissindical” da administração do TRT3 ao dificultar a entrada de representantes do sindicato no prédio do fórum trabalhista para convidar os colegas para a greve e para o ato de BH. Além disso, o Tribunal impediu a afixação de faixas à entrada do prédio.
Na Capital, o ato foi prestigiado com a apresentação do bloco do Sitraemg “A Justiça não é cega”, composto por filiados e familiares e que conta com oficinas de percussão com integrantes da comunidade quilombola dos Arturos.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg