Seguindo programação do calendário de mobilização, os servidores do Judiciário Federal baiano fizeram uma manifestação na noite da última quinta-feira (22), no Centro Histórico de Salvador, na ocasião em que o Presidente Lula estava recebendo uma condecoração.
Apesar de não ter conseguido contato na entrada do presidente ao palácio do Rio Branco, os servidores, munidos de faixas, apitos e vuvuzelas mantiveram-se firmes, aguardando por mais de duas horas a saída do presidente. Quando este fato aconteceu, Lula foi falar diretamente com a coordenadora do SINDJUFE-BA, Myrtô Magalhães e com o servidor da Justiça Federal, Lourival Matos.
Na conversa o presidente perguntou o que os servidores queriam. A resposta de Myrtô foi a de que queriam o acordo para aprovação do PCS e salientou que sentia falta dos tempos da ministra Ellen Gracie (responsável pela aprovação do PCS-3), reforçando que no Governo dele estava sendo muito difícil conseguir uma negociação. Ao responder, novamente o presidente perguntou o que queriam e quem estava negociando com a categoria. Quando Lula soube que Peluso (STF) era o mediador dessa negociação, retrucou dizendo que há oito anos quem faz este tipo de acordo é o ministro Paulo Bernardo (MPOG). Os servidores explicaram que Bernardo afirmou que só negocia com o STF (Peluso), o qual não tem dialogado com a categoria. Lula então disse que o acordo deve ser resolvido no Congresso Nacional. Em resposta Myrtô e Lourival reiteraram que o Congresso Nacional não aprova o PCS sem que haja um acordo entre o Governo e o Judiciário. Mas, após estas exposições, Lula não deu resposta e deixou o local.
A categoria avaliou como positivo este evento, já que foi, no mínimo, alcançado contato com o presidente.