Estudo do economista do Sintrajud (e do SITRAEMG) revela que a conquista dos três PCSs salvaram a categoria de ter seus salários arrochados. Se os servidores do Judiciário não tivessem lutado pelos três Planos de Cargos e Salários e pelos 11,98%, com suas memoráveis greves, a remuneração média na carreira efetiva seria de apenas R$ 851, 25. É o que diz o estudo elaborado pelo economista, Washington Moura Lima.
De acordo com o estudo, desde janeiro de 1995, os salários da categoria sofreram somente duas revisões gerais: uma de 3,5%, e outra de 1%, mais R$ 59,87. Com esses aumentos, a remuneração atual de um analista seria de R$ 1.249,07, de um técnico, de R$ 816, 03, e de um auxiliar, R$ 488, 65. O estudo diz ainda que o aumento desde então corresponderia a módicos R$ 94,20.
Segundo Washington, se as conquistas não tivessem acontecido, oito padrões da carreira do Judiciário Federal seriam menor que o salário mínimo de hoje: R$ 510. Na prática, a remuneração subiria para o salário mínimo. O estudo revela que a cada ano, novos padrões teriam remunerações equivalentes ao salário mínimo.
O estudo conclui que a intensa mobilização da categoria nos últimos anos, na qual o Sintrajud sempre teve uma participação ativa, inclusive nacionalmente, foi muito importante. O economista ressalta ainda que, comparativamente com outras carreiras do Executivo, com funções assemelhadas, a remuneração dos servidores do Judiciário equivale tanto na remuneração inicial, quanto na final da carreira, em torno da metade das carreiras do Poder Executivo. O estudo conclui que mesmo com a aprovação integral do PCS-4, os valores da remuneração da carreira efetiva seriam menores do que as equivalentes do Executivo.
Veja quais seriam as remunerações médias atualmente sem os PCS, só com as revisões gerais:
Carreira efetiva Remuneração Aumento no Período
Analista Judiciário R$ 1.249,07 R$ 111,46
Técnico Judiciário R$ 816,03 R$ 92,67
Auxiliar Judiciário R$ 488,65 R$ 78,47
Geral Carreira R$ 851,25 R$ 94,20
Fonte: SINTRAJUD-SP