Servidores do Judiciário Federal de Minas, inclusive aposentados, participaram, mais uma vez, do ATO Público realizado na tarde desta terça-feira (30), em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso e mostraram toda a garra da categoria em defesa dos seus direitos e pela urgente necessidade da revisão salarial dos servidores do Judiciário Federal.
O presidente do SITRAEMG, Alexandre Brandi, conduziu o ATO lembrando a Categoria que, amanhã, 31 de agosto é a data limite para que o Ministério do Planejamento envie ao Congresso Nacional o orçamento referente às duas parcelas do PCS para 2011. Salientou, ainda, a importância das mobilizações e a participação ativa dos servidores em todo o Brasil. “É com a presença dos servidores, deixando suas cadeiras e abraçando a causa, que conseguiremos mudar a situação”. Indignado, lembrou ainda que não cabe ao Executivo, nem tão pouco ao Ministério do Planejamento, interferir no orçamento do Judiciário.
“O momento é de luta”, disse Brandi referindo-se ao envio da proposta salientando, ainda, a perda que a categoria já sofreu ao ver o projeto criado pelos servidores virar um “tabelão” pela cúpula do Judiciário e que, mesmo nesta condição, este ainda não se encontra previsto na LOA.
Durante o ATO, um apitaço dedicado aos estados que fizeram, hoje, mobilização em defesa da revisão, especialmente àqueles que paralisaram por 24 horas, como no caso do Rio Grande do Sul e São Paulo. Alexandre Brandi lembrou também sobre a importância da nota feita pela Federação, a Fenajufe, em defesa dos PCSs (Judiciário Federal e MPU). A nota foi publicada no Correio Braziliense, no último dia 26, sob o título “Planos de Cargos e Salários: autonomia e independência do Judiciário Federal em jogo”.
Ao término do ATO, a direção do Sindicato pediu aos servidores que continuem atentos aos próximos passos, para que, se necessário, alavancarem ainda mais esta luta que é de toda a categoria.
Por um Judiciário mais democrático
Ainda durante o ATO, o presidente do SITRAEMG, Alexandre Brandi falou sobre a participação da entidade durante o Encontro do CNJ na Bahia (a matéria completa pode ser lida neste site). Na avaliação do presidente, um dos grandes problemas do Judiciário é a falta de democracia referente às eleições para as escolhas dos diretores e presidentes dos tribunais, inclusive os superiores. Nesse sentido, Brandi e o também diretor do SITRAEMG, Sebastião Edmar, propuseram eleições diretas dentro dos tribunais, seguindo o modelo das universidades federais. Sendo assim, os diretores-gerais e presidentes seriam escolhidos pelos servidores e magistrados.
