A relação entre metas e produtividade com o assédio moral e adoecimento do servidor

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O responsável psicólogo e técnico pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) do SITRAEMG, Arthur Lobato, revisitou as inúmeras abordagens feitas em artigos de sua autoria publicados no site do SITRAEMG e debatidas em eventos promovidos pelo Sindicato para desenvolver a palestra que proferiu neste sábado (29/06), no Encontro Regional em Juiz de Fora, no Ritz Hotel, em Juiz de Fora, sobre “Metas e Produtividade, Assédio Moral e o Adoecimento do Servidor do Judiciário Federal”.

Ao compor a mesa, ao lado de Lobato e da coordenadora do Sindicato Elimara Gaia, a servidora juiz-forana Ises conclamou os servidores a participarem das lutas contra a perseguição ao funcionalismo. “Nós somos a ‘bola da vez’, os culpados de tudo que está ocorrendo. Se não deixarmos olhar só para os nossos umbigos, entendermos que todos somos servidores, independentemente do cargo que exercemos, não vamos ter forças para lutar. Vamos transmitir esse recado aos nossos colegas”, exortou. Antes de iniciar sua fala, Lobato informou que recebeu, esta semana, o registro do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), e foi aplaudido por todos os presentes. Ele também lembrou que o DSTCAM trabalha com a seguinte linha de atuação: prevenção, intervenção e busca de soluções no diálogo com os tribunais.

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Psicólogo Arthur Lobato, do DSTCAM do SITRAEMG

Sobre o tema abordado, ele apresentou um vídeo mostrando que a pressão no trabalho já existia no ano 630 antes de Cristo, na Babilônia. Mudam-se as formas e os instrumentos para se exigir mais e mais do trabalhador. Hoje, no Judiciário por exemplo, é utilizado o estabelecimento de metas e produtividade, a serem atingidos com um contingente cada vez menor de pessoal e condições mais precárias de trabalho. No caso do PJe, exerce-se ainda maior vigilância sobre e o controle de horários. Com a sobrecarga de trabalho, o resultado é a anulação do lado humano do servidor e os riscos de todo tipo de doenças, do corpo e da mente, e até mesmo, como solução extrema, o suicídio. E essa precariedade, aliada ao ambiente bastante competitivo, propicia ainda aos locais de trabalho a oportunidade da prática do assédio moral.

E é por isso que existe o DSTCAM. Mas para que o trabalho do departamento tenha êxito, esclareceu o psicólogo Arthur Lobato, precisa contar com a informação do trabalhador. As denúncias, tanto de situações de adoecimento quanto de assédio, são guardas sob total sigilo. Elas podem ser encaminhadas ao Sindicato através do e-mail lobato@sitraemg.org.br.

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