Os professores da rede estadual de ensino, em greve há 105 dias, fizeram nova assembleia na tarde de hoje, 20, na Praça da Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte. Mesmo com a liminar obtida pelo Estado suspendendo a greve, os docentes optaram por continuar a paralisação, que visa pressionar o governo para que este pague o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), estabelecido pela Lei Federal nº 11.738, que hoje é de R$ 1.187,00.
O SITRAEMG, que apoia a luta dos professores por melhores salários e melhores condições de trabalho, esteve presente na assembleia, representado por suas coordenadoras gerais, Lúcia Maria Bernardes e Adriana Valentino. O Sindicato levou uma faixa na qual manifestava seu apoio ao movimento dos servidores do estado. Nesta reunião, o frei carmelita Gilvander Moreira discursou para os participantes, com uma mensagem de força e apoio à luta da categoria.
O frei também leu uma carta de uma professora, na qual a trabalhadora desabafa relatando como sobrevive com seu baixo salário e as condições que enfrenta em sala de aula. Na carta, a mulher também diz que só está ainda na carreira “por amor, porque gosta da profissão”. Na ocasião, Gilvander revelou que acredita que a vitória está a caminho, e incentivou os professores a continuarem firmes em seu propósito.
Segundo a coordenadora geral e diretora de Comunicação do Sindicato, Adriana Valentino, “a resistência dos educadores diante do descaso do governo é uma prova irrefutável do quanto são justas as suas reivindicações”, acredita a servidora.
Próximos passos
Diferente das últimas decisões da categoria, os professores decidiram na assembleia de hoje que não sairiam em passeata por Belo Horizonte, mas sim fariam uma vigília na porta da ALMG. A próxima reunião da categoria foi marcada para 27 de setembro.