O presidente do SITRAEMG, Alexandre Brandi, esteve hoje (28), nos prédios da Justiça do Trabalho da avenida Augusto de Lima e da rua Mato Grosso para um corpo a corpo com os servidores. O objetivo da visita foi mobilizar os servidores para comparecerem à sessão do Pleno do TRT que votará a adoção ou não da resolução 88/2009 do CNJ, que fixa em 8 horas diárias e 40 semanais a jornada de trabalho no judiciário.
Na visita de hoje, o presidente compareceu às varas do trabalho alertando os servidores sobre a importância da presença maciça da categoria no próximo pleno, possivelmente dia 4 de fevereiro, segundo informações colhidas no próprio TRT. Brandi distribuiu camisetas da campanha em favor da jornada de trabalho de 6 horas e pediu, em cada vara, para que pelo menos dois servidores assumissem o compromisso de estar presentes à próxima sessão. “A decisão do CNJ é inconstitucional, fere a autonomia dos tribunais para decidirem suas questões administrativas, tanto que eles estão entrando na justiça contra o próprio CNJ para não cumprirem a resolução”, disse o presidente.
A entrada da matéria sobre a jornada de trabalho na pauta do pleno do dia 04/02 ainda não foi confirmada. Esta informação estará disponível somente na segunda-feira, dia 1° de fevereiro, exatamente 72 horas antes da reunião, quando os servidores que se dispuseram a comparecer serão avisados. Em 2009, no dia 18 de dezembro, o Órgão Especial do TRT votaria a proposta do CNJ, mas, graças a um trabalho de conscientização feito pelo SITRAEMG junto aos desembargadores um dia antes (17/12), o desembargador Antônio Álvares da Silva pediu vistas ao processo, o que trouxe a decisão para este ano. Na ocasião, o Sindicato entregou a cada desembargador do Órgão Especial um Memorial contendo argumentos contra a Resolução 88/2009.
O sindicato retornará ao TRT nesta sexta-feira, dia 29, para conversar com os servidores do turno da manhã. “Se cada uma das varas dos prédios da Augusto de Lima e da Mato Grosso enviar pelo menos dois servidores por turno, teremos no mínimo 100 pessoas pressionando pela manutenção da atual jornada de trabalho”, frisou Alexandre Brandi, durante conversa em uma das varas que visitou.
