Choveu forte no início da noite dessa quarta-feira, 11, em Belo Horizonte. Mas isso não impediu que servidores e magistrados do Judiciário Federal lotassem o auditório da Justiça Federal, em Belo Horizonte, para assistirem ao Culto Ecumênico de Ação de Graças promovido pelo SITRAEMG. E quem compareceu foi brindado com as emocionantes exposições do pastor Ari Otávio Borja, Padre Henrique Moura e Lenice Aparecida de Souza Alves (espírita), que destacaram, sobretudo, a necessidade de renovação da alma em mais esse momento natalino.
A coordenadora geral do SITRAEMG Lúcia Maria fez a abertura do evento agradecendo a presença dos colegas, apesar da chuva, e observando que aquele era um momento de introspecção de todos para mostrar a gratidão ao Criador pelas batalhas vencidas ao longo do ano e por terem saúde, família e o emprego, em mundo repleto de intempéries e miséria. Naquele momento de ação de graças, ela também ressaltou a necessidade de todos buscarem a união e de estarem sempre em oração.
A transcendentalidade de Cristo e o compromisso de cada pessoa
O primeiro religioso a falar foi o pastor Ari. Dizendo que Jesus Cristo mostra que trouxe consigo o que vem do coração de Deus, ele citou quatro passagens do texto bíblico em que Cristo deu provas de que, para ele, não existe limites em sua missão de salvador da humanidade: para ele, quantidade não era problema – ao alimentar cinco mil homens, além de mulheres e crianças, com apenas sete pães e peixes; distância não era problema, ao curar a filha de Jairo, dizendo para ele apenas ter fé, quando ainda estava na estrada e lhe disseram que ela havia morrido; tempo não era problema, quando disse que Lázaro ainda vivia e o ordenou que saísse do túmulo, quatro dias depois de sepultado; e de que qualidade também não era problema, ao transformar água no melhor vinho da festa de casamento, no qual estava presente com sua mãe, Maria, em Caná, na Galileia.
O padre Henrique salientou que o Natal é o momento de rememorar a época em que Cristo nasceu e viveu, mas também de refletir sobre o momento atual, de todos se voltarem para as lutas por melhorias do país, pelas reformas política e tributária, pela democratização da comunicação. “Isso é que é Natal, não é somente celebrar o passado”, reforçou. Também servidor público em determinada época de sua vida, o pároco chamou a atenção dos servidores presentes para o desafio de se engajarem não só na política, mas também nas causas dos movimentos sociais e nas ações de solidariedade, contribuindo para a evolução da humanidade.
Última a falar, Lenice Aparecida de Souza Alves alertou a todos que nunca é tarde para Jesus Cristo nascer nos corações das pessoas. Fazendo reflexões sobre o simbolismo dos presépios, em que os reis magos, os pastores e os animais ficam a reverenciar Jesus, ela conclamou a todos para que definam Cristo como foco de luz de suas vidas e do mundo. Ela concluiu sua participação convidando a todos para rezarem o Pai Nosso.
Corais desfilam canções de Natal e outros estilos
Revezando-se entre as falas dos religiosos, apresentaram-se os corais Arte em Canto, do SITRAEMG, e Acordos e Acordes, do TRT. O Coral do SITRAEMG entoou as canções “Cantate domino”, “Non nobis domine” e “Natal todo dia”; o do TRT, “Noite Feliz”, “Adete Fidele” (Venita adoremus), “Roll, torda, roll” e “Aleluia”. Juntos, cantaram “Jesus alegria dos homens”.