Policarpo fala sobre relatório do PL 6613 e diz esperar que categoria saia da Plenária para construir a greve

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Policarpo apontou a greve como único caminho para trazer o PCS (Foto: Janaina Rochido)

Em um dos momentos mais esperados da XVI Plenária Nacional da Fenajufe, o deputado federal Roberto Policarpo, que também é o relator do projeto da revisão salarial dos servidores do Judiciário Federal, o PL 6613, falou aos presentes e disse acreditar que, frente a todas as dificuldades contra a aprovação do PCS, não tem dúvidas de que o único caminho é a greve. Ao fim da palestra, o deputado ainda deu uma rápida entrevista à jornalista do SITRAEMG.

Algumas das dificuldades apontadas por Policarpo vem de dentro da própria categoria, como as diferentes visões sobre a remuneração, que enfraquecem sobremaneira o movimento – situação inclusive utilizada pelo governo para “jogar”com os servidores nas reuniões e tentativas de negociação. No entanto, para o deputado, o que mais dificulta é a postura da cúpula do Judiciário e do MPU, que nada fizeram de efetivo até agora para ajudar nas negociações. “Mesmo com o descumprimento do acordo que o governo fez conosco ano passado [quando o governo Lula garantiu que negociaria o PCS após as eleições], o ministro Peluso não se mexeu”, criticou.

Policarpo também considera válido procurar parlamentares, mas recomendou que fosse feito um trabalho mais forte junto às bancadas estaduais. Para ele, os políticos aceitam muito bem o projeto de revisão, mas também acabam agindo pouco para sua aprovação.

Relatório para a CFT

A respeito do relatório que o deputado Roberto Policarpo pretende apresentar para a Comissão de Finanças e Tributação na próxima terça-feira, dia 7 de junho, os servidores participantes da plenária foram informados que de haverá um relatório, encomendado por ele aos técnicos da CFT, para auxiliar na negociação a fim de obter a tão aguardada aprovação nesta comissão já na próxima semana. “Não entendam o relatório como algo definitivo, mas como algo que vai ajudar na negociação e uma oportunidade de unificar a categoria”, pediu.

O conteúdo do relatório, além dos argumentos precedentes, também pede para que nenhum direito seja retirados dos servidores visando à aprovação do projeto e tenta uma equiparação com os setores do Executivo e do Legislativo. Policarpo também pretende, durante o processo de negociação, propor uma diminuição no número e nos valores das funções comissionadas. As FCs, na visão do parlamentar, tolhem os servidores: “muitos não vão à greve por medo de perder sua FC, e outros não vão pela oportunidade de ficar com a FC que aquele servidor que for perder”.

Entrevista

Ao fim da palestra, frente ao assédio dos servidores, que queriam tirar fotos e conversar com o deputado, Policarpo conversou rapidamente com a jornalista do SITRAEMG  e respondeu algumas perguntas:

Qual é a sua expectativa para a apresentação do relatório?

Não sei ao certo. Vou conversar antes com os parlamentares membros da comissão [CFT] para só então pedir para ele entrar em pauta, para que ele entre para ser aprovado.

E a emenda que o senhor propôs, sobre o aumento da GAJ [a emenda precisou ser retirada devido à relatoria ter sido entregue a Policarpo]?

Eu a retirei, mas pretendo apresentá-la depois, com modificações.

O que o senhor pode nos dizer sobre a postura do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que se comprometeu a retirar sua emenda da GDI assim que o sr. retirasse a sua, mas não cumpriu?

Só posso dizer que cabe ao SITRAEMG, a quem ele fez a promessa, cobrar dele seu cumprimento.

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