PJU Mineiro delibera por adesão à Greve Geral do dia 5/12

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Os servidores do Judiciário Federal mineiro deliberaram, em Assembleia Geral Extraordinária realizada hoje (30/11) em frente ao prédio do TRT, pela adesão à Greve Geral Nacional convocada pelas Centrais Sindicais para o dia 5/12.

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O coordenador geral do SITRAEMG Célio Izidoro, abriu a assembleia convocando os servidores da Justiça do Trabalho para participarem da votação. O coordenador enumerou os ataques do governo Temer aos trabalhadores e afirmou que a passividade nesse momento levará os servidores para uma situação de constante empobrecimento e precarização do trabalho. “Esse governo, em pouco mais de um ano, conseguiu implementar todos os ataques que os governos dos últimos 20 anos não conseguiram. A única forma que temos de impedir que esses ataques continuem a nos atingir, é nos mobilizando. Se essa reforma passar, nós não teremos chances.”, afirmou.

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Após a fala de Célio Izidoro, o também coordenador geral Carlos Humberto Rodrigues, também fez um chamado para que os servidores participassem da AGE e aderissem à greve. “Antes de ontem, nos reunimos com as centrais sindicais que deliberaram a realização de uma greve geral nacional no dia 5 de dezembro. E hoje deliberaremos sobre isso em nossa categoria, contra a reforma da previdência”. Carlos explicou que o serviço público é o maior alvo dos ataques do governo, “querem colocar os servidores como o bode expiatório das mazelas deste país. Nos chamam de privilegiados, mas nós sabemos quem são os verdadeiros privilegiados: Eles, os políticos, banqueiros e grandes magnatas do sistema financeiro, que só querem encher seu bolsos, cuecas, malas e apartamentos de dinheiro, que só movem esforços para proteger político corrupto, os interesses das multinacionais”, advertiu. Carlos ainda questionou de onde deve vir o ajuste fiscal para equilibrar as contas do país. “Por que não fazem a auditoria da dívida pública? Por que só fazem reformas que atacam os trabalhadores?” e completou, “porque eles não servem ao povo brasileiro, mas quem financia as suas campanhas. Temos que fazer com que eles temam os trabalhadores e saibam que não terão o nosso apoio e o nosso voto”, concluiu. 

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O coordenador executivo, Hélio Diogo alertou os colegas do TRT sobre o momento extremamente difícil para a população brasileira. “Eles querem tirar da constituição a seguridade social que é a única coisa que pode amparar os trabalhadores em seus momentos de carência, a previdência é só um capítulo desse ataque”. Hélio também denunciou a forma como o governo consegue seus votos, e os interesses que se escondem por traz da reforma. “Essa reforma é a reforma da propina. Os bancos que atuam na previdência privada tem muito interesse em aprova-la, por isso compram os parlamentares e o próprio presidente para garantir que ela seja votada logo”. Hélio também frisou que as propagandas do governo são falsas quando falam de déficit, e que o desequilíbrio é responsabilidade dos trabalhadores “As empresas são grandes devedoras da previdência, além disso são beneficiadas com inúmeras isenções, era por aí que deveria começar qualquer reforma”, concluiu.

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O coordenador executivo Paulo José também fez um apelo para que os servidores participassem da assembleia. Ele iniciou sua intervenção contando como eram difíceis as greves e manifestações contrárias ao governo na ditadura. Paulo afirmou que era preciso enfrentar a força nacional de segurança e o próprio exercito quando se pretendia reivindicar direitos, e cutucou aqueles que não participam “Hoje temos liberdades democráticas pra nos manifestar, mas estamos vendo o trem da história passar e não fazemos nada. Se essa reforma passar, nós chegaremos à raia. Precisamos que vocês desçam e lutem, pois estamos num beco sem saída. Enquanto a imprensa só nos ataca, os servidores e juízes não fazem nada. Ficar sentado, achando que está em berço esplêndido é fazer coro com o que a imprensa diz da gente. Estamos ameaçados, querem tirar nossa estabilidade, querem tirar nossa aposentadoria. Lá fora, já somos chamados de um povo pacato, de um povo sem coragem. Mas eu não quero acreditar que somos covardes. Por isso clamo que desçam e engrossam esse movimento. Sem greve vão acabar com a nossa carreira e com as nossas vidas”, bradou.

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Deliberações

Os servidores presentes deliberaram por unanimidade pela adesão à greve do dia 5 de dezembro e participação no ato público que acontecerá na Praça da Estação às 9h e seguirá para a Praça 7 de Setembro, às 11h, onde se reunirá com outras categorias.

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Foi proposta que a paralisação fosse feita em 2 dias, abarcando também o dia 4/12. Mas essa proposta foi recusada pela maioria dos servidores.

Também foi deliberado a realização de um piquete no TRT às 7h da manhã, nos prédios do Barro Preto e da av. Getúlio Vargas, para mobilizar os servidores e convence-los a aderirem à greve e a manifestação. Junto ao piquete será realizado um café da manhã com os servidores e panfletagem sobre os riscos da reforma da Previdência. O SITRAEMG já articula, também, atividades de mobilização para os demais Tribunais da capital.

Para os servidores do interior, o Sindicato orienta a adesão à greve e às manifestações unificadas realizadas em cada cidade. No final da matéria estão algumas sugestões de faixas que devem ser confeccionadas para dar visibilidade ao ato. Os custos para a confecção das faixas serão bancados integralmente pelo Sindicato a partir da apresentação dos comprovantes de compra. 

O SITRAEMG já fez, através de sua assessoria, a comunicação oficial aos Tribunais para a paralisação. 

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