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Para reflexão: “O caminho das relações virtuais”

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Leia, a seguir, texto extraído do “Seminário litúrgico-catequético – Missa do 1º Domingo do Advento”, de 27/11/2011, Editora Paulus. O autor é o Padre João Batista Libânio.

“O caminho das relações virtuais

Ganha força na vida atual nova maneira de presença. Na sociedade que valoriza o contato e a cultura oral, o corpo físico se revela imprescindível para o encontro humano. Nas cidades pequenas do interior, a praça reunia os jovens para o tradicional footing, onde nasciam os namoros. Lá circulavam as notícias da cidadezinha. A igreja, soberana, do alto de seu lugar, contemplava a vida das pessoas, no simbólico sentido de orientadora do agir.

As distâncias entre as pessoas se cobriam com as cartas. Lentamente as tecnologias do telefone fixo, celular, internet, Skype, MSN deslocam o real para o virtual. Trata-se da crescente substituição do face a face pelas relações feitas pelas vias eletrônicas. As pessoas físicas perdem relevância. Fazem-se presentes pela imagem e pelo som. A ilusão física cresce pelo aprimoramento da imagem, mas não se iguala à real. Qualquer interrupção eletrônica a faz desaparecer por decisão ou por problema técnico.

O virtual afeta a psicologia das pessoas. Mostram-se, por elas mesmas, menos responsáveis. Sem o vínculo do olhar, da presença física, sentimo-nos menos comprometidos. O enlace virtual sabe a superficialidade, a jogo, a brincadeira. Nasce do nada e termina no nada. Um toque no “Del” faz desaparecê-lo.

Abre-se aí caminho atraente pelo lado do divertimento. Ensaiam-se também relações perigosas sem aparente risco. As repercussões psicossociais de tal comportamento escapam, em grande parte, do controle de profissionais e da legislação ético-jurídica.

A sedução vem do amplíssimo campo para as mais doentias curiosidades. Não faltam casos em que a relação virtual acaba por levar alguém ao suicídio, a crimes planejados por grupos dessa via. Possibilidades imprevisíveis para o bem e para o mal. Quem viver, verá!”

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