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Nova proposta salarial do governo estadual não atende às reivindicações dos professores, diz Sind-UTE/MG

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Os trabalhadores em educação de Minas Gerais, sob o comando do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), realizam assembleia estadual nesta quarta-feira, 24/8, a partir das 14 horas, no pátio da Assembleia Legislativa. O objetivo é avaliar a atual conjuntura do movimento grevista e definir novos rumos do movimento. O SITRAEMG estará presente, com faixa expressando apoio ao movimento, e convoca todos os servidores do Judiciário Federal a também comparecerem e manifestarem solidariedade aos profissionais da rede estadual de educação.

Recusa ao subsídio

A nova proposta de política salarial para a educação anunciada nesta terça-feira (23/08) pelo governo de Minas, por meio das Secretarias de Estado da Educação, do Planejamento e Gestão, não faz justiça às reivindicações da categoria, na visão do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).

Ao decidir enviar diretamente um Projeto de Lei à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o governo mostra que continua se recusando a implantar o Piso Salarial Profissional Nacional, bem como dialogar com a categoria.  A Secretaria de Estado da Educação diz que a proposta de aperfeiçoamentos na política salarial dos profissionais da educação do Estado, além de trazer melhorias, corrige distorções identificadas após a implementação do novo modelo.

Mas a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, afirma que “melhorar o subsídio não é pagar o piso salarial. O governador, na verdade, acaba de apresentar paliativos que não modificam a situação de miséria em que se encontram os trabalhadores da educação. Todos sabem que subsídio foi um modelo que não deu certo. O esforço do governo deve ser pagar o Piso, que tem impacto pequeno na Folha de Pagamento, apenas 3,44%.”

Na assembleia estadual que o Sindicato realiza nesta quarta-feira (24/08), a nova proposta do governo será discutida amplamente com a categoria. “Vamos detalhar cada item da proposta e comprovar que o governo não apresenta melhorias para a educação”, diz Beatriz.

Para Beatriz Cerqueira, o não pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional em Minas Gerais não é uma questão financeira, mas uma opção política do Governo do Estado em adotar uma forma de remuneração que desconsidera o vencimento básico e, desta forma, o Piso Salarial.

O Sind-UTE/MG também critica o fato do Governo realizar alterações às regras de carreira, conforme está disposto em nossa pauta de reivindicações, mas por meio de propostas que não foram apresentadas num processo de negociação e sim, através de um projeto de lei, que será levado diretamente à Assembleia Legislativa.

Ao indagar qual é o objetivo desta ação, Beatriz Cerqueira, diz que o governo busca descaracterizar o sindicato como interlocutor da categoria num processo de negociação. “O governo tenta dialogar diretamente com a categoria com o objetivo de convencê-la de que o subsídio é a melhor opção”.

Manifestações

Diversos atos públicos foram realizados nesta terça-feira (23/08), pelos educadores/as em greve, desde o dia 8 de junho. Coordenados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), os manifestantes ocuparam partes das rodovias MG 10 e BR 381, a entrada do INCRA, na Avenida Afonso Pena e também se juntaram a outras categorias em greve e membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), na Praça Sete, centro de Belo Horizonte. O objetivo foi mostrar à sociedade mineira que o Governo do Estado não negocia com os trabalhadores/as e não paga o Piso Salarial.

A mobilização teve início na BR 381, cidade de Sabará, próximo à ponte provisória do Rio das Velhas. No local os educadores/as distribuíram panfletos, exibiram faixas, algumas com os seguintes dizeres: “O Piso Salarial Nacional Agora é Lei: Faça Valer!!!” e “Quem luta educa, modifica e faz a sua história” e proferiram palavras de ordem. “A partir de agora essa vai ser uma prática constante do nosso movimento, vamos intensificar os nossos atos até conseguirmos o que nos é de direito”, disse o diretor estadual do Sind-UTE/MG, José Luiz Rodrigues.

De Sabará, os educadores/as seguiram para a rodovia MG 10, no quilômetro 4, sentido Lagoa Santa e fecharam a pista. A diretora estadual do Sind-UTE/MG, Marilda Abreu, afirmou que as mobilizações têm o objetivo também de denunciar que este Governo não cumpre uma lei federal e mostrar que em Minas Gerais o Estado não defende a oferta de uma educação de qualidade.

Já na Avenida Afonso Pena, na entrada da sede da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas Gerais, região Centro-Sul da Cidade, mais uma vez, a categoria dialogou com a sociedade. Os manifestantes fecharam os dois sentidos da avenida com o intuito de mostrar à comunidade local a realidade do Governo do Estado.

Houve ainda atos públicos com uma passeata da sede do Incra até a Praça Sete, centro da cidade.

Fonte: SITRAEMG e SindUTE-MG

 

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