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Nota de repúdio à manifestação do ex-presidente Lula e em defesa da honra do servidor público

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Na ultima quinta-feira, dia 15/09/2016, o ex-presidente da República fez um pronunciamento, em rede nacional de televisão, dizendo, em síntese, que a profissão mais “honesta” que ele conhecia era a do “político” e que “por mais ladrão que o político fosse, todos os anos ele tinha que ir para a rua pedir votos e trabalhar por eles”.

Não satisfeito com uma ponderação tão esdrúxula e sem sentido, em momento em que o Brasil é “palco” de uma das maiores crises de “honestidade” no campo da política, Lula continuou o seu discurso dizendo que: “o concursado não. Este se forma em uma universidade, faz um concurso e está com um emprego garantido, tranquilo”.

Enfim, o ex-presidente da República, que hoje é acusado na operação lava-jato, compara o “servidor público” com o “político”, dando a entender que o político é mais honesto que o servidor, porquanto tem que trabalhar para pedir votos, enquanto um servidor só passa no concurso e fica na “moleza”.

O mesmo servidor público comparado ao “político” por Lula é aquele que renuncia a uma série de coisas na vida para estudar, se especializar e passar em concorrido concurso público para prestar um serviço especializado e capacitado para sociedade; é aquele que amarga anos sem reajuste salarial, pois, ao contrário dos trabalhadores da iniciativa privada, não tem ainda, na maioria, uma “data base”.

E, na classe política, tão elogiada por Lula, o que vemos: “manobras”; “ apertos de mãos”; “delações premiadas”; “Pedidos de Socorro contra o que chamam de Golpe”. Outro dia, Lula e Dilma abraçavam o vice-presidente Temer e através do PMDB comandavam o Brasil da sua forma, do seu jeito, com sua ética, hoje, dizem que foram vítimas de um “golpe”. E quem deu golpe em quem? Ladrão que rouba ladrão tem mesmo 100 anos de perdão?

Golpe é o que se vem reiteradamente sendo cometido contra a classe trabalhadora brasileira e contra os segurados da previdência pública e privada, quando alterações para pior, agasalhadas no seio de Medidas Provisórias são empurradas para aprovação, pela força de estratégias espúrias e argumentos falaciosos.

Golpe foi o que foi feito no “mensalão” para comprar a “reforma da previdência” que originou a cobrança de Contribuição Previdenciária dos aposentados do Serviço Público Federal.

Golpe é o que tem sido feito para o projeto de perpetuação no Poder (como exemplo temos os chamados Mensalão e Petrolão).

Golpe foi a manobra realizada no Senado, na sessão do impeachment, para que uma Presidente cassada não perdesse seus direitos de exercício de cargo público.

Não é demais lembrar que o ex-presidente Lula, que hoje nos acusa de “vida mansa”, já no ano de 2003, enviou ao Congresso Nacional a Proposta de Emenda Constitucional número 40 (PEC 40), que vindicava a reforma da Previdência. A proposta do governo caiu como uma bomba para todos aqueles que acreditavam num partido de “defesa do trabalhador” e dos “pobres coitados segurados da Previdência- RGPS”. Todos nós, à época, queríamos, sim, reformas para um Brasil melhor, mas que estas caíssem sobre os “bolsos” das classes mais favorecidas e não na conta do trabalhador. E sabem como esse “Golpe” conseguiu ser aprovado?

A Reforma da Previdência de 2003 foi, com todas as letras, “comprada” no grande esquema de corrupção que ficou conhecido como “mensalão”. O STF constatou existência de Corruptores dentro do Poder Executivo (os líderes ideológicos e verdadeiros comandantes do PT) e dos corrompidos deputados de várias siglas partidárias da base governista. O Objeto maior daquele esquema de corrupção sem precedentes foi, justamente, a PEC 40/2003.

Diante de tamanho absurdo é que a direção do SITRAEMG, gestão 2014/2017, vem a público dizer que REPUDIA, veementemente, as colocações do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e dizer que, além da sua pauta de luta, vai apresentar um grande simpósio sobre “Corrupção: ética política e Improbidade Administrativa”. Na oportunidade, mandaremos um recado de retórica para o Ex-Presidente Lula e para todos aqueles que se atreverem a desmerecer o nosso trabalho: Nossa luta não é só por respeito ao Serviço Público e ao servidor, mas também pela moralidade e probidade nos três Poderes. Somos cidadãos honrados, pais de família e, acima de tudo, patriotas. Por isso, exigimos respeito e vamos às ruas brigar contra tudo e contra todos que deslegitimam a outorga da nossa representação e envergonham nacional e internacionalmente o nosso país. E lembrem-se: somos parte do “povo” que é dono de todo poder. Não nos represente bem, e lutaremos com as armas da democracia para derrubá-los.

DIREÇÃO DO SITRAEMG – GESTÃO 2014/2017

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