Nos atos de sábado (24), Sitraemg reforçou o “não” à PEC 32 e cobrou respeito de Bolsonaro aos servidores da Justiça Eleitoral e à democracia

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“Valorize o serviço público”, “Plano Mais Brasil e Reforma Administrativa são para desviar recursos da saúde e da educação”, “Diga não à Reforma Administrativa. Defenda o serviço público” e “Em defesa dos servidores da Justiça Eleitoral, da eleição e da democracia”.

Essas foram as principais bandeiras defendidas pelo Sitraemg, no último sábado (24), no quarto ato “Fora Bolsonaro” realizado em Belo Horizonte, simultâneo a outros que levaram às ruas centenas de milhares de pessoas em todo o país, nas capitais e em grande número de cidades do interior, incluindo o de Minas Gerais. Um dos objetivos foi ressaltar a defesa dos serviços públicos e dos direitos dos servidores neste momento em que o governo usa toda a força de seu rolo compressor no Congresso Nacional em sua tentativa de aprovar a mais ambiciosa das reformas da administração pública da história do país, através da PECs 32/2020 e 187 e 188/2019. O outro foi protestar contra a insistência de Bolsonaro em questionar a urna eletrônica e dizer que não aceitará o resultado das eleições presidenciais do próximo ano se não se derem pelo voto impresso. O Sitraemg entende que essa postura arbitrária do presidente da República é um ataque frontal à democracia brasileira e demonstração de total desrespeito ao trabalho competente, dedicado e isento dos servidores da Justiça Eleitoral.

Galeria de fotos de BH:

Ato "Fora Bolsonaro" em BH

Como nos atos realizados de 30/09, 19/06 e 03/07, a concentração dos manifestantes, em BH, foi novamente na Praça da Liberdade. Mas, desta vez, a carreata e passeata fez um trajeto um pouco diferente. Desceu as avenidas Brasil e Afonso Pena, encerrando-se na Praça Sete, com o microfone aberto para todos os participantes que quiseram se manifestar.

Convocados pelo Sitraemg, vários servidores do Judiciário Federal estiveram presentes, juntando-se aos coordenadores David Landau, Helder Magalhães e Carlos Wagner Melo Franco e às mais de 50 mil pessoas que compareceram, incluindo trabalhadores das diversas categorias do serviço público e da iniciativa privada, profissionais da saúde, educação e vários outros setores, estudantes e ativistas dos movimentos sociais. Ao longo de todo o trajeto, gritos de indignação e de “basta” a esse (des)governo e a suas políticas genocida, negacionista, miliciana, corrupta e de total desprezo ao ser humano e à diversidade social, racial e sexual, concluídos sempre com um “Fora Bolsonaro”, “Fora Mourão”.

Do alto do carro de som, o coordenador do Sitraemg David Landau (veja o vídeo abaixo) afirmou que constatava, nos olhos de cada manifestante, as muitas razões para a presença de tantos milhares de pessoas no ato. “É o genocídio indígena. É o genocídio ae lidar com a pandemia. É a corrupção. É a violência nas comunidades. É a polícia matando os filhos da população, principalmente os filhos da população negra. É a Reforma Administrativa que vai acabar com a saúde e a educação. É a política para acabar com o equilíbrio ecológico, com a Amazônia, o pantanal”, detalhou. Dito isso, convidou a todos para a forte mobilização que está sendo construída pelos sindicatos e movimentos sociais, e que pode caminhar até mesmo para uma greve geral, para derrotar a PEC 32/20, que Bolsonaro quer aprovar com o apoio dos parlamentares do chamado “Centrão” e dos partidos que sempre estiveram do lado da burguesia.

A luta da mulher negra

Como bem disse o coordenador do Sitraemg, as manifestações anti-governo, que se ampliam a cada novo ato, incluem diversos setores da sociedade, contra a discriminação racial e de gênero, a destruição do meio ambiente e às privatizações, e em defesa de vacina para todos, do auxílio emergencial de R$ 600 para os mais necessitados, dos serviços públicos e da democracia. Deputados federais mineiros que defendem a Reforma Administrativa ou votaram favorável à proposta na CCJ da Câmara tiveram suas fotos estampadas com os olhos pintados de “capeta” e o título “inimigos do povo”. Mulheres como Elza Soares, e outras que já morreram, como Tereza de Benguela, Sarité Belair e Dandara, foram também exaltadas pelo histórico de luta e resistência pela causa da mulher negra, às vésperas da data de celebração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha , 25 de julho. Faixas, cartazes e um grande painel montado no pirulito da Praça Sete, ao final do ato, pedia “justiça” para o caso Mariele Franco, vereadora da cidade do Rio de Janeiro que foi assassinada em 2019, cujo legado de ativismo político sintetiza três frentes na luta contra o preconceito:  das comunidades negra, feminina e LGBT+.

Manifestações no interior

A população, incluindo os servidores do PJU, foram às ruas também em diversas cidades do interior mineiro. E o Sitraemg foi junto. Em Juiz de Fora, liderado pelo coordenador regional Alexandre Magnus. Do alto do carro de som, tendo ao lado a faixa com a mensagem “Não à Reforma Administrativa. Lutamos pelo SUS e educação pública. Vacina no braço e comida no prato”, Magnus, referindo-se ao filiado aposentado Alfredo, que estava presente, saudou-o por ter conseguido se aposentar. Mas lembrou que, com a Reforma da Previdência aprovada em  2019, os trabalhadores agora terão que trabalhar até a morte, sem poder usufruir da aposentadoria. Depois, protestou contra os ataques que vêm sendo feitos pelo presidente Jair Bolsonaro à Justiça Eleitoral. “Não vamos permitir esse retrocesso”, disse, acrescentando que o voto impresso vai resgatar a antiga prática do “voto de cabresto”, para beneficiar os “milicianos”. E referindo-se à PEC 32/20, concluiu: “Somos contra a Reforma Administrativa e o sucateamento do serviço público”.

Galeria de fotos:

Ato "Fora Bolsonaro" em Juiz de Fora

Veja os vídeos:

Em Divinópolis, os servidores do PJU participaram do ato ao lado da presidente do Conselho Fiscal do sindicato Elimara Gaia. Ela concentrou toda sua fala na Reforma Administrativa, aconselhando a população a ficar atenta à proposta que tramita no Congresso, pois representa a destruição dos serviços públicos  e dos direitos dos servidores, e o fim do concurso público. Pediu, por fim, que cada cidadão cobre dos parlamentares o voto “contra a PEC 32/20”.

Galeria de fotos:
Ato "Fora Bolsonaro" em Divinópolis

Veja os vídeos:

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